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Premiê israelense inaugura colônia no Golã e a batiza de ‘Colina Trump’

Conselho de Ministros se reuniu e votou para nomear o assentamento que será construído em uma localidade habitada atualmente por quatro famílias de colonos

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Por Redação
Atualização:

COLINAS DO GOLÃ - O primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu, inaugurou neste domingo, 16, uma nova colônia na parte das Colinas do Golã - anexada e ocupada por Israel - e a batizou de Ramat Trump (“Colina Trump”, em hebraico) em homenagem ao presidente dos Estados Unidos.

Nova colônia na parte das Colinas do Golã anexada e ocupada por Israel foi batizada de Ramat Trump (“Colina Trump”, em hebraico) Foto: Jalaa Marey / AFP

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No dia 25 de março, Donald Trump reconheceu a soberania de Israel sobre a parte das Colinas do Golã que Israel tomou da Síria durante a Guerra dos Seis Dias, em 1967, e anexou em 1981, decisão que não é reconhecida pela comunidade internacional.

"O Golã é israelense e sempre será", declarou Netanyahu, depois de descrever Trump como "um grande amigo de Israel, que tomou decisões nunca antes tomadas."

O Conselho de Ministros se reuniu excepcionalmente em uma tenda no norte das Colinas de Golã e, na presença do embaixador americano David Friedman, votou para batizar de Ramat Trump o assentamento que será construído em uma localidade habitada atualmente por quatro famílias de colonos.

"O presidente Trump volta a mostrar seu compromisso com a segurança e o futuro de Israel", disse Netanyahu, lembrando que o americano transferiu a embaixada dos EUA de Tel-Aviv para Jerusalém em maio de 2018.

Dúvidas

A inauguração de uma nova colônia, "o que não acontece há muitos anos, irá impulsionar o desenvolvimento das Colinas", afirmou Netanyahu, que prometeu investimentos em residências e na construção de estradas, e também em educação e turismo.

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O morador da colônia Vladimir Pelopezkovsky, de 75 anos, manifestou suas dúvidas. "Não estou convencido de que estas promessas trarão uma mudança real."

O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu Foto: Jalaa Marey / AFP

Cerca de 23 mil drusos, uma minoria religiosa, árabe e muçulmana, igualmente presente na Síria e no Líbano, vivem na parte do Golã ocupada e anexada por Israel, bem como 25 mil colonos israelenses que chegaram depois de 1967.

Esses drusos são apátridas. Perderam a nacionalidade síria e muitos rejeitaram a identidade israelense. Consideram-se sírios e se opõem radicalmente à anexação do território por Israel.

Em 1949, o governo israelense batizou uma região de Kfar Truman (“Aldeia de Truman”, em hebraico), para agradecer ao presidente americano, Harry Truman, por ter sido o primeiro a reconhecer a independência de Israel, em 14 de maio de 1948. / AFP

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