PUBLICIDADE

Subsecretário de Justiça americano suspeito de traição vai depor na Câmara dos Deputados

Congresso convocou Rosenstein para explicar informações de que teria sugerido gravar secretamente Trump

Foto do author Redação
Por Redação
Atualização:

WASHINGTON - O subsecretário de Justiça dos EUA, Rod Rosenstein, foi convocado pelo Congresso para explicar as informações divulgadas pela imprensa de que teria sugerido gravar secretamente o presidente Donald Trump para expor o caos dentro do governo e abrir caminho para um impeachment.

O vice-procurador-geral Rod Rosenstein, responsável pela supervisão das investigações conduzidas pelo procurador especial Robert Mueller sobre a interferência russa nas eleições presidenciais de 2016 Foto: Washington Post photo by Melina Mara

PUBLICIDADE

O congressista Mark Meadows, integrante da Comissão de Supervisão e Reforma do Governo da Câmara dos Deputados, alertou que Rosenstein será formalmente convocado a depor se não se apresentar de forma voluntária. No entanto, o congressista não marcou data para o depoimento.

O jornal New York Times publicou que Rosenstein ofereceu em 2017 ao FBI gravar em segredo as reuniões que teria com Trump e sugeriu a convocação da Emenda 25 da Constituição, que permite destituir o presidente se ele for considerado pelos secretários do próprio governo inapto para exercer o cargo.

Rosenstein é subordinado a Jeff Sessions, secretário de Justiça, mas assumiu a supervisão das investigações sobre a interferência da Rússia nas eleições e o possível conluio com Trump porque seu chefe se declarou impedido de trabalhar no caso – Sessions trabalhou ativamente na campanha de Trump.

A revelação do New York Times provocou um terremoto político em Washington, já que alguns republicanos passaram a considerar Rosenstein uma pessoa parcial. Na segunda-feira, enquanto Trump se preparava para discursar na Assembleia-Geral da ONU, a imprensa publicou informações contraditórias sobre o futuro de Rosenstein no cargo. 

Parte dela afirmava que ele estava disposto a renunciar, enquanto outros diziam que a Casa Branca o demitiria no dia seguinte. Nenhuma das duas hipóteses se concretizou. A Casa Branca informou que Trump e Rosenstein se reunirão na próxima semana. / EFE

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.