ROMA - Enquanto Paris anunciava ontem que o arquiteto do pior ataque terrorista da capital francesa estava morto, o clima de tensão se alastrava por outras cidades e capitais europeias. As polícias da Itália e da Suécia tentaram rastrear supostos militantes e reforçaram a segurança nos arredores de edifícios públicos, depois de surgirem relatos de que ataques em seus territórios poderiam estar sendo planejados na esteira dos assassinatos em Paris.
O Ministério das Relações Exteriores da Itália disse que possíveis atentados podem ter como alvo a Basílica de São Pedro, no Vaticano, a catedral ou o teatro La Scala, em Milão. Em Estocolmo, policiais aumentaram sua presença no entorno do Parlamento e nas principais estações de trem.
A operadora do metrô de Roma fechou linhas temporariamente em três ocasiões durante o dia em razão de pacotes suspeitos, todos alarmes falsos.
No norte da Inglaterra, a polícia desembarcou todos os passageiros de um avião da EasyJet que decolaria com destino ao Marrocos no aeroporto de Manchester e deteve dois homens suspeitos de terem reportado um “falso aviso de bomba”.
Na cidade búlgara de Burgas, no Mar Negro, um avião de passageiros que ia de Varsóvia para o Egito fez um pouso de emergência após uma ameaça de bomba. Os 161 passageiros e tripulantes foram retirados por forças especiais búlgaras, que não encontraram explosivos em uma varredura do avião, disse um porta-voz do aeroporto da cidade – que foi fechado em razão do incidente.
Uma passageira identificada como Agata Pinuszewska declarou à emissora polonesa TVN24 que o avião foi desviado após um passageiro gritar que havia uma bomba na aeronave. / REUTERS e EFE