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Vaticano poderá ter mulheres como guardas

Chefe de Guarda Suíça, tradicionalmente masculina, diz que 'pode pensar a respeito'.

Por BBC Brasil
Atualização:

A tradicionalmente masculina Guarda Suíça do Vaticano poderá passar a aceitar mulheres depois de mais de cinco séculos de existência, de acordo com declarações de seu comandante. O comandante da guarda, Daniel Anrig, fez as afirmações na terça-feira ao programa de televisão italiano "Studio Aperto", do canal privado Mediaset. "Posso imaginá-las em um cargo ou outro. Sem dúvida podemos pensar a respeito", disse Anrig, que assumiu o comando da Guarda Suíça do Vaticano no final de 2008. O comandante anterior da da guarda do Vaticano era contra a entrada de mulheres e argumentava que a mistura de sexos poderia gerar problemas e também lembrava que a superlotação dos quartéis da guarda também seria outra razão para evitar a entrada de mulheres. "Claro, podem ocorrer problemas. Mas, qualquer problema que surgir, será resolvido", disse Anrig, quando perguntado sobre o problema da superlotação. Roupas e armas A Guarda Suíça foi criada em 1506 pelo papa Júlio 2 e já participou de muitas ações nestes últimos cinco séculos. Em 1527 cerca de 140 integrantes da guarda morreram protegendo o papa Clemente 7 durante os saques ocorridos em Roma. Atualmente, a guarda é uma força de pouco mais de cem homens que cumpre os papéis de segurança e cerimonial, formada totalmente por homens, católicos, com idades entre 19 e 30 anos e que, obrigatoriamente, precisam ter feito o serviço militar na Suíça. Além dos tradicionais uniformes azuis e dourados, os integrantes da Guarda Suíça também são conhecidos por levarem uma arma medieval, o alabardo, que é uma combinação de lança e machado de batalha. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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