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A força do coletivo

Crowdfunding se estabelece como um modelo viável de financiamento; um projeto chegou a receber US$ 10 milhões em doações

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Foto do author Anna Carolina Papp

Crowdfunding se estabelece como um modelo viável de financiamento; um projeto chegou a receber US$ 10 milhões em doações

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SÃO PAULO – No ano passado, talvez a palavra “crowdfunding” não lhe soasse familiar. Neste ano o cenário é outro: é possível que você já seja um apoiador de projetos ou já tenha financiado o seu próprio.

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Foi um ano memorável para o modelo que, através de plataformas específicas, permite a arrecadação de um pouquinho de dinheiro de um monte de gente para colocar um boa ideia em prática. Plataformas estrangeiras como Kickstarter, Indiegogo e Rockethub levantaram quantias de até sete dígitos para viabilizar vários tipos de projetos.

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Diego Reeberg, cofundador do Catarse, pioneiro no País, compara o modelo a um carro: “Em 2011, o desafio era ver se o carro ligava”, disse ele ao Link. “Já 2012 foi um ano de segunda e terceira marcha, com alguma tração e com o mercado se movimentando com segurança.”

Não é para menos. Em 2012, só pelo Catarse, foram finaciados mais de 280 projetos com os R$ 3,5 milhões levantados. Música e audiovisual foram as áreas que se sobressaíram, com destaque para o financiamento do DVD da banda carioca Forfun, que levantou quase R$ 190 mil.

Na plataforma norte-americana Kickstarter foi a vez do hardware. Foram arrecadados mais de US$ 10 milhões para o relógio inteligente Pebble, seguido do console Ouya, com mais de US$ 8 milhões. Outro destaque foi o audiovisual. “Cinco filmes que financiamos foram indicados a premiações, e vários outros serão exibidos no Sundance Film Festival”, disse ao Link Justin Kazmark, que trabalha na área de mídia da plataforma.

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Para ele, o sucesso de um projeto está ligado à criatividade do autor. “O Kickstarter propicia que o autor desenvolva um relacionamento próximo com seus apoiadores. Para um músico, não basta que seus fãs comprem seu disco na loja ou no iTunes. Queremos que ele tenha uma conexão com seus fãs, envolvendo-os no processo e dando aos colaboradores brindes criativos.”

Para 2013, Reeberg afirma que o objetivo é aumentar o alcance do Catarse, atraindo mais projetos de diferentes áreas (como moda, games e culinária), e expandir em outras regiões, sobretudo no Nordeste. Voltando à analogia do carro, ele prevê: “Acredito que 2013 ofereça espaço para darmos uma boa acelerada e muitos mais projetos serem financiados dessa forma”.

—-Leia mais:• 5coisas: projetos para apoiar ainda este ano • Todos juntos• Link no papel – 31/12/12

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