PUBLICIDADE

Broadcom compra VMware por US$ 61 bi e fecha terceiro maior acordo da tecnologia

Aquisição vai ser paga em dinheiro e ações, informou a Broadcom, que já tentou comprar a Qualcomm por mais de US$ 100 bi

PUBLICIDADE

Por Redação Link
A Broadcom entra para o ranking de maiores compras do mundo da tecnologia Foto: Mike Blake/Reuters

A Broadcom, fabricante americana de softwares e semicondutores, anunciou nesta quinta-feira, 26, que vai comprar a VMware, em uma das maiores aquisições financeiras da história da indústria da tecnologia. O valor oferecido no negócio é de US$ 61 bilhões em dinheiro e ações. 

PUBLICIDADE

De acordo com a agência de notícias Reuters, a Broadcom já estava de olho na VMware, que oferece servidores em nuvem, mas não fez contato com a empresa até que ela se separasse completamente da Dell. Cerca de 40% das ações da VMware pertencem à empresa de computadores e a dissolução foi feita em novembro de 2021. 

Agora, o negócio entre VMware e Broadcom pode se tornar a terceira maior compra do mercado de tecnologia, ficando atrás apenas da aquisição da Activision Blizzard pela Microsoft, no valor de US$ 69 bilhões, e da compra da EMC pela Dell, de US$ 61 bilhões. 

A reputação de redução de custos de Hock Tan, presidente da Broadcom, levou o CEO da VMware, Raghu Raghuram, a escrever para seus funcionários sobre o anúncio do acordo. A intenção era assegurar que a "impressão" de que a Broadcom iria colocar os lucros à frente da inovação era "imprecisa". Ele escreveu que Tan "está comprometido em cultivar uma cultura compartilhada de inovação".

Essa reputação deriva da estratégia de Tan de adquirir negócios que ele chama de "franquias" e depois cortar o que ele vê como despesas excessivas de vendas e marketing e investimentos desnecessários. Ele também é rápido em descartar partes dos negócios que apresentam baixo desempenho.

"Ele administra a Broadcom como um portfólio de investimentos. Todos são feudos independentes", disse um ex-funcionário da empresa que trabalhou em estreita colaboração com Tan. "Se ele tem uma posição dominante em qualquer mercado, ele vai subir esses preços."

Tan e Broadcom não responderam aos pedidos de comentários.

Publicidade

Segunda tentativa

Em 2017, a Broadcom lançou uma oferta hostil de US$ 117 bilhões para tentar comprar a Qualcomm, rival no mercado de chips. O negócio seria o maior acordo de tecnologia de todos os tempos. Na época, porém, a negociação foi frustrada pelo governo dos EUA devido a preocupações de que a Broadcom, então sediada em Cingapura, tivesse o monopólio do setor de semicondutores às custas dos EUA.

Tan então voltou sua atenção para empresas de software. A Broadcom assumiu a CA Technologies por US$ 18,9 bilhões e adquiriu a divisão de segurança da Symantec Corp por US$ 10,7 bilhões.

Após cada aquisição, a Broadcom pagou grande parte da dívida que havia assumido para ajudar a financiá-la, usando o fluxo de caixa de seus negócios. Isso encorajou Tan a continuar com sua farra de aquisições, disse Matt Britzman, analista da Hargreaves Lansdown. "A Broadcom deslanchou rapidamente após cada grande aquisição", disse Britzman./COM REUTERS

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.