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Funcionários do Google tiveram acesso aos áudios de usuários Google Assistant, assistente de voz da empresa. A informação foi divulgada pelo canal belga VRT NWS na quinta, 11, e confirmada posteriormente pela empresa.
Segundo a reportagem, informações pessoais, como nomes, endereços e outros dados sensíveis, de usuários que falam holandês e flamengo foram acessadas por funcionários humanos. Além disso, algumas das gravações foram feitas clandestinamente. Normalmente, assistentes de voz são acionados por comandos específicos (como "Hey Google"), mas a reportagem afirma que dos 1.000 aúdios a que teve acesso, 153 foram registrados sem esse comando.
Ao se defender, o Google confirmou que humanos ouvem áudios do que é captado pelo seu serviço, e que toma medidas para proteger as identidades das pessoas. Disse também que está tomando medidas para que o Assistant não grave áudios sem ser acionado.
Na indústria, o papel de humanos para treinar máquinas a conversar é amplamente conhecido - são eles que transcrevem áudio e indicam ao sistema se estão entendendo corretamente as informações.O Google reforçou isso em sua resposta: "Essa é uma parte fundamental do processo de construir tecnologia de voz", escreveu no blog do Google David Monsees, gerente de produto do Google Search.
A empresa diz que apenas 0,2% dos áudios são acessados pelos funcionários, e que as informações não são associadas a uma pessoa. Os funcionários também seriam instruídos a não transcrever conversas que ocorrem no plano de fundo.
Ainda assim, a companhia está sendo acusada de não ser transparente com os usuários sobre como suas informações podem eventualmente ser acessadas por funcionários. Também não está claro qual é a quantidade de áudio que está sendo apenas transcrita e qual está sendo utilizada para treinar os sistemas. Essas informações não fazem parte da página de políticas de privacidade do Google Home.
O Google, porém, não é a única companhia a ter práticas do tipo. Em abril deste ano, foi revelado que funcionários da Amazon escutam o que é falado à Alexa, assistente de voz da companhia.
Em relação à reportagem belga, o Google disse que o funcionário holandês que compartilhou o áudio com o jornalista violou as políticas de privacidade da companhia. "O Google está investigando e tomará medidas em relação ao caso. Estamos revisando nossas práticas para evitar que condutas como essas ocorram novamente", escreveu.