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Todos os carros do Reino Unido terão conexão de internet até 2025; diz estudo

Segundo diretor da KPMG, veículos vão oferecer cada vez mais recursos presentes nos dispositivos móveis

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AP

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Em dez anos, todos os carros do Reino Unido terão conexão de internet, de acordo com um novo estudo da consultoria KPMG. Um quarto deles também dispensará os motoristas, já que será equipado com sistemas de controle similares ao do carro autônomo do Google. As projeções da KPMG apontam para a evolução do cenário atual de transição da indústria automobilística, que passará a incorporar cada vez mais tecnologias que permitam a interação e entretenimento com os passageiros.

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Segundo o estudo, os carros estão evoluindo em etapas. Até pouco tempo atrás, as montadoras estavam focadas em aperfeiçoar o desempenho dos carros e, por isso, desenvolveu tecnologias como freios ABS e sensores de ladeira. Agora, a indústria passou a considerar mais a experiência das pessoas ao volante, o que culminou na introdução de recursos como a partida elétrica. O próximo passo, segundo a KPMG, é tornar o carro mais parecido com os dispositivos móveis.

Se hoje é preciso comprar um carro novo para ter acesso a novas tecnologias, no futuro será possível receber novas funções por meio de atualizações de software. O diretor da área automotiva da KPMG, Ricardo Bacellar, diz que a maioria das tecnologias para oferecer aplicativos em automóveis já está disponível. O grande desafio da indústria agora é tornar os carros completamente autônomos e inteligentes.

No futuro, o sistema embarcado nos carros será capaz, por exemplo, de avaliar a hora correta para ultrapassar outro veículo. Contudo, para que a tecnologia seja eficiente, o veículo deverá ser capaz de se comunicar em tempo real com rodovias, sistemas de geolocalização (GPS) e outros dispositivos. Essas inovações dependem de avanços na cobertura de banda larga móvel, para que a rede seja capaz de suportar a comunicação em tempo real entre tantos dispositivos.

Ainda que a estrutura de conexão no Brasil tenha uma série de limitações, Bacellar afirma que os resultados da pesquisa realizada no Reino Unido não estão muito distantes do contexto brasileiro. “Não podemos pensar em usar um carro autônomo em 2030, considerando a infraestrutura a que temos acesso em 2015”, diz o executivo. O estudo da KPMG não inclui previsões específicas para o Brasil.

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