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Anvisa: fraude em leite de MG é situação particular

Por PAULO LEANDRO
Atualização:

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Dirceu Raposo de Mello, considerou como "meros registros policiais" a descoberta de fraudes no leite longa vida produzido em Minas Gerais. Para Mello, a quadrilha presa pela Polícia Federal, após a confirmação de adulteração do produto, é um problema particular e a situação não pode ser generalizada. "Nosso programa de monitoramento atua em 5.564 municípios brasileiros", disse. Com o objetivo de tranqüilizar os consumidores, Mello tentou evitar qualquer alarme em relação ao crime de fraude no leite mineiro. "Veja, se uma quadrilha falsifica uma cédula, não vamos desacreditar em todo o sistema financeiro", comparou. Mello não soube explicar por que somente na quinta-feira a Anvisa foi alertada, pois as investigações da Operação Ouro Branco vinham acontecendo desde agosto. "Provavelmente a Polícia Federal queria manter o trabalho sob sigilo", disse. Ao comentar a localização de centenas de caixas de leite com validade até abril de 2008, enterradas na Fazenda Vila Nova, região metropolitana de Porto Alegre, o presidente da Anvisa supõe ter sido uma carga roubada, sem qualquer relação com as fraudes. Ele rebateu também os dados divulgados pelo Procon de Goiás, dando conta de que 42% de marcas de leite longa vida e pasteurizado pesquisados pela Universidade Federal de Goiás apresentavam alterações com presença de soda cáustica, água oxigenada e coliformes fecais. Para Mello, os técnicos da Vigilância Sanitária de Goiás não confirmaram a informação. "Procurei logo os responsáveis pelo monitoramento goiano e eles disseram que não tem nenhum dado que justifique qualquer ameaça à população", afirmou.

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