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Astronautas iniciam novo teste de cultivo de plantas na ISS

Experimento permite observar o desenvolvimento de vegetais em órbita

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Por Redação

Os tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS) começaram nesta sexta-feira, 6, uma nova fase de um experimento que estuda a vida das plantas no espaço, informou Valeri Lindin, porta-voz do Centro de Controle de Vôos Espaciais (CCVE) da Rússia. "Nossos cosmonautas Fiôdor Yurtchikhin e Oleg Kotov e o americano Clayton Anderson começaram a fase do experimento Rastenie-2, para desenvolver tecnologias para cultivar plantas na ISS,disse Lindin à agência Itar-Tass. Os cosmonautas instalarão sensores no viveiro Lada onde são cultivadas plantas, entre leguminosas e cereais que deram "colheitas espaciais" em várias ocasiões. Vladímir Sítchev, chefe do laboratório de Botânica do Instituto de Problemas Biológicos de Moscou, disse que os instrumentos que serão instalados no viveiro permitirão obter informação sobre os processos de desenvolvimento das plantas em órbita. "Pela primeira vez, em cooperação com colegas americanos começaremos a investigar a distribuição de gases e líquidos no solo onde crescem essas plantas", ressaltou Sítchev. Ele explicou que o objetivo é obter informação sobre os parâmetros otimizados que o "terreno espacial" deve ter para que as plantas em órbita desenvolvam todos os ciclos vitais: germinação, crescimento, floração e reprodução. Sítchev acrescentou que, com a ajuda de uma equipe formada por cientistas americanos, será medida a quantidade de oxigênio e umidade absorvida pela raiz. Plantas no espaço O cientista lembrou que desde 2002 as expedições de cosmonautas na ISS a partir de sementes conseguiram cultivar plantas em ciclo completo - entre elas, ervilhas. Em outubro de 2004, o cosmonauta russo Salijan Sharipov e o americano Leroy Chiao colheram a terceira geração de ervilhas na ISS. A partir da terceira colheita, o experimento entrou em uma fase-chave para os futuros vôos interplanetários, porque ficou comprovada a possibilidade de que plantas vivas podem suportar os 500 dias que duraria uma viagem de ida a Marte. Parte dessas ervilhas foi trazida à Terra para estudo, inclusive por nutricionistas que investigaram o valor nutricional. A terceira geração de ervilhas nascida no horto espacial da ISS foi semeada pela nona expedição, integrada pelo russo Guenadi Pádalka e o americano Michael Finke, em 2003. Entre a equipe russa, Pádalka mereceu o título de "agrônomo espacial" porque em 1999 obteve na estação Mir brotos de trigo em um experimento similar, e até filhotes de codorna a partir de ovos incubados no espaço. No ano passado, a China lançou o satélite Shijian VIII com pelo menos 215 quilos de sementes, em um experimento para estudar os efeitos da pouca gravidade e da radiação cósmica nas plantas.

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