
24 de novembro de 2011 | 14h47
"Ainda tenho muito prazer em correr. Me sinto bem, não sinto que tenho que dizer 'por favor, me deixe pilotar'", disse ele em entrevista coletiva nesta quinta-feira no autódromo de Interlagos.
"Se alguém quer que eu pilote de uma maneira competitiva, é porque acreditam que eu posso fazer um bom trabalho, é por isso que estou aqui."
Barrichello não descarta a ideia de seguir na Williams em 2012 e afirmou que teve "muitas conversas com a equipe". Outras escuderias estariam em vista, porém restam poucas vagas abertas para o próximo ano, especialmente em equipes que não exigem que os pilotos levem patrocínio.
Essa é a segunda vez em três anos que o brasileiro chega a São Paulo correndo o risco de ficar sem lugar no grid. No final de 2008, quando estava na Honda, ele tinha poucas chances de permanecer na equipe, que estava em crise, e provavelmente seria substituído por Bruno Senna para a temporada seguinte. No entanto, a escuderia acabou mudando de comando e de nome, para Brawn GP, e ele seguiu na F1.
Senna, agora na Lotus Renault na vaga de Robert Kubica, que se lesionou, também tem o futuro incerto e busca um acordo para seguir na F1. "Estamos trabalhando duro para decidir o futuro o mais rápido possível", disse ele, ao lado de Barrichello durante a entrevista, na qual os dois conversaram bastante e sorriam enquanto outros pilotos falavam.
CONQUISTAR PONTOS
Barrichello, de 39 anos, iniciou sua carreira em 1993 e tem como melhor resultado os vice-campeonatos em 2002 e 2004, pela Ferrari. Ele tem 11 vitórias na categoria e é o piloto que mais disputou provas, com mais de 320 GPs.
Morador de Interlagos, o piloto admitiu que correr em casa é sempre especial e que tentará sua melhor colocação no ano no circuito paulista. Ele tem até agora apenas dois nonos lugares e disse que o objetivo é chegar na zona de pontuação (até o 10o lugar).
O brasileiro soma quatro pontos na temporada, e seu companheiro de Williams, o venezuelano Pastor Maldonado tem somente um ponto, em um ano terrível para a escuderia inglesa.
"Mesmo não tendo um carro competitivo, vou fazer de tudo para colocar o carro na zona de pontuação e ter a melhor colocação possível",declarou Barrichello.
"Conheço muito bem todos aqui, é sempre emocionante", acrescentou.
Mesmo quando tinha um carro que lutava por vitórias, Barrichello nunca chegou ao lugar mais alto do pódio em Interlagos - sua melhor colocação foi o terceiro lugar em 2004.
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