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Câmara de SP aprova teto de R$ 21 mil para Executivo

Por Maíra Teixeira
Atualização:

A Câmara Municipal de São Paulo aprovou no início da noite de ontem o novo teto salarial para o Poder Executivo (prefeito, vice-prefeito e secretários) da capital: R$ 21.100. Segundo o vereador José Police Neto (PSDB), líder do prefeito Gilberto Kassab (DEM) na Câmara, com a alteração o teto do Executivo chega a 90,25% dos salários dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) - o que hoje representa R$ 22.111. "Com essa medida, o município deve economizar anualmente cerca de R$ 100 milhões. Teremos um teto de fato e isso implicaria na redução dos salários de funcionários que recebem acima do teto ", afirmou o líder do governo.No entanto, a oposição aponta essa modificação como uma manobra para elevar os salários do prefeito e aproximar os vencimentos dos secretários e vice-prefeito. "O que está por trás disso é a elevação do salário dos secretários. Mudam a lei orgânica e, assim, se torna possível elevar o vencimento deles que, em sua maioria, já têm acréscimos regulares por meio dos jetons pagos por participação no conselho de empresas municipais, como CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), entre outras", explica o líder da bancada do PT, vereador João Antônio. De acordo com ele, 14 dos 28 secretários recebem jetons. "Essa é uma maneira de pagar pela porta do fundo um salário maior a eles. Com a elevação do teto, o próximo projeto que deve entrar em votação é aumento para o prefeito, vice e secretários. Essa economia apontada pelo governo é uma falácia."

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