Correspondência revela amante de Einstein

Sabe-se que Albert Einstein teve cerca de 10 amantes, além das duas mulheres com quem se casou

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Por Agencia Estado
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Uma obscura amante de Albert Einstein aparece em cartas abertas ao público pela Universidade Hebraica de Jerusalém nesta segunda-feira. Ethel Michanowski, uma socialite de Berlim, envolveu-se com o cientista no final dos anos 20 e nos anos 30 - chegando ao ponto de viajar para a Inglaterra para persegui-lo, disse Barbara Wolff, dos Arquivos Einstein da universidade. Michanowski era amiga de uma das enteadas de Einstein e tinha cerca de 30 anos - 15 a menos que o cientista - na época do caso. As mais de 3.500 páginas de correspondência divulgadas agora foram escritas entre 1912 e 1955, o ano da morte de Einstein. Entre as revelações: o físico perdeu boa parte do dinheiro de seu Prêmio Nobel na Grande Depressão, era um pai mais devotado do que se imaginava e não se furtava a discutir suas aventuras românticas com a segunda mulher. Sabe-se que Albert Einstein teve cerca de 10 amantes, além das duas mulheres com quem se casou, disse Wolff. Michanowski e as outras - incluindo uma Margarete, uma Estella, duas Tonis e uma Betty - passearam de barco, leram e foram a concertos com ele, disseram os arquivistas da universidade. O mais surpreendente das cartas divulgadas é o fato de que Einstein discutia abertamente seus casos extraconjugais com a segunda mulher, Elsa, e com a enteada, Margot. Em uma carta a Margot de 1931, o cientista reclama que a "senhora M. (Michanowski) me seguiu (até a Inglaterra), e a perseguição a mim está saindo do controle". Einstein foi um dos fundadores da Universidade Hebraica, e deixou para ela seu patrimônio literário e papéis pessoais. A universidade tem o direito de licenciar produtos com a imagem, a voz e frases de Einstein. Estima-se que esses direitos tenham gerado US$ 1 milhão ao ano para a instituição, nos últimos 15 anos. As cartas só vieram a público agora por conta de uma cláusula no testamento de Margot Einstein, exigindo que os papéis continuassem sob sigilo até 20 anos após sua morte, ocorrida em 8 de julho de 1986. Este é provavelmente o último grande lote de material original sobre Einstein que ainda esperava para vir a público. Os papéis divulgados nesta segunda-feira não dizem nada sobre como Einstein atingiu suas conquistas científicas, mas iluminam o lado pessoal da vida do cientista.

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