
09 Maio 2012 | 19h31
A coordenadora do Departamento de Análise de Situação de Saúde do Ministério da Saúde, Débora Maltha, atribui o aumento de casos no grupo masculino a dois fatores: o crescimento da obesidade e ao maior acesso de homens ao diagnóstico. Considerada um problema de saúde, a diabetes está associada ao excesso de peso, sedentarismo e tabagismo. A doença pode levar a problemas cardíacos, vasculares, oculares e renais. "Nossa meta principal não é reduzir a incidência da doença, mas reduzir a mortalidade associada a ela", afirmou Débora. A projeção, de acordo com ela, é de aumento no número de casos de diabetes entre brasileiros, principalmente por causa do envelhecimento da população.
O risco da doença aumenta com passar dos anos. O estudo divulgado nesta quarta-feira mostra que 0,6% da população de 18 a 24 anos tem diabetes. O porcentual vai aumentando nas faixas etárias maiores até chegar a 21,6% entre a população com 65 anos ou mais.
A mortalidade associada à doença é crescente. Em 2006, eram registradas 24,1 mortes para cada 100 mil habitantes. Em 2010, essa relação passou para 28,8. Nesse mesmo ano, foram registradas 148 mil internações relacionadas à diabetes. "Além do sofrimento, a doença representa um fator importante de pressão nos custos do sistema público de saúde". Em 2011, foram gastos R$ 87,9 milhões com internações de pacientes com complicações da doença.
Dados preliminares indicam que internações em 2011 tiveram uma discreta queda em relação a 2010. Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, o fenômeno pode estar associado à distribuição gratuita de medicamentos para combater a doença, prevista no programa Aqui tem Farmácia Popular, lançado ano passado. Assim como outras doenças não transmissíveis, o risco de diabetes é maior entre população com menor escolaridade. O trabalho feito mostra que entre a população com zero a oito anos de estudo, 7,5% têm o problema. Entre aqueles com 12 anos ou mais de estudo, esse indicador cai para 3,7%.
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