Cresce reclamação sobre diagnóstico de gripe suína

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Por CAROL DALL'OLIO E PRISCILA TRINDADE
Atualização:

Os pacientes que estão sendo atendidos, nesse sábado, 11, no Hospital Emílio Ribas, na capital, com suspeita de estarem com o vírus da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, reclamam da forma como o diagnóstico é feito pelos médicos. A vendedora Giovana Martins, de 27 anos, foi ao hospital e relatou aos médicos que sentia dores no corpo, febre de 39ºC e diarreia, desde quarta-feira.Segundo ela, ao chegar ao Emílio Ribas, foi preciso preencher uma ficha detalhando os sintomas e informando se teve contato com alguém doente. Sem realizar nenhum tipo de exame, o médico disse que ela não está com a nova gripe. "Eu trabalho com o público. Não sei se tive contato com alguém doente", diz.Antes de se dirigir ao Emílio Ribas, ela já havia passado por dois hospitais na região de Osasco. Nenhum deles soube orientá-la. "Os hospitais não têm informação suficiente para tratar pacientes com suspeita de gripe suína. Estou com medo porque ninguém sabe diagnosticar com precisão", afirma Giovana. Sem nenhuma resposta satisfatória, a vendedora decidiu tomar um medicamento para gripe comum que foi receitado em um dos hospitais. Elaine Silva, de 31 anos, levou a filha de 7 anos ao hospital após saber que a garota teve contato com uma criança cubana na escola, que veio fazer um curso de férias. Além disso, a menina tem sintomas compatíveis com os da nova gripe. De acordo com Elaine, mesmo após informar que a filha tem febre de 38ºC, dores no corpo e diarreia, os médicos disseram ser pouco provável que a menina tenha contraído a doença porque o garoto estrangeiro não desenvolveu nenhum sintoma."Fiquei preocupada depois que aquela menina de 11 anos, de Osasco, morreu por causa da gripe suína. Ela também não viajou e nem teve contato com pessoas com a doença", afirma. Ninguém do Hospital Emílio Ribas quis se pronunciar sobre o assunto.

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