Dilma pede compromisso com a sustentabilidade

Em discurso no Parque dos Atletas, presidente critica ações dos países ricos para contornar a crise econômica mundial

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Por Luciana Nunes Leal , Mariana Durão e RIO
Atualização:

No primeiro dia da Rio+20, a presidente Dilma Rousseff pediu o compromisso de todos os países com um modelo de desenvolvimento sustentável que não oscile de acordo com a economia e tenha como base três princípios: "incluir, crescer, preservar". Dilma criticou os países ricos pelas medidas para enfrentar a crise econômica. Na visão da presidente, os ajustes trazem retrocesso nas conquistas sociais e ambientais. "Meio ambiente não é adereço", afirmou a presidente, durante discurso de inauguração do Pavilhão Brasil da Rio+20, no Parque dos Atletas, ao lado do Riocentro. "Vemos conquistas dos países avançados na área da inclusão e de desenvolvimento social sofrerem duro revés. Não consideramos que o respeito ao meio ambiente só se dá em fase de expansão do ciclo econômico." Dilma tem feito reiteradas críticas às medidas adotadas por países europeus como Grécia, Espanha, França e Alemanha, especialmente em relação ao corte de gastos e de benefícios sociais. Ao citar o exemplo brasileiro de "redução definitiva e perene da desigualdade com inclusão e justiça social", Dilma afirmou que o modelo será mantido independente da economia. A presidente foi ao Parque dos Atletas acompanhada de dez ministros. Assistiu a apresentações de danças brasileiras e visitou parte dos 4 mil metros quadrados do Pavilhão Brasil. Dilma lembrou também que o desmatamento foi reduzido em 77% desde 2004 e o Brasil é responsável por 75% das áreas de preservação ambiental criadas no planeta deste 2003. A presidente ainda definiu a Rio+20 como "uma outra partida, um recomeço", passados 20 anos da Eco-92.

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