
01 de abril de 2013 | 17h47
A moeda norte-americana fechou com leve alta de 0,02 por cento, cotada a 2,0220 reais na venda. O giro financeiro na clearing da BM&F ficou em torno de 2,9 bilhões de dólares.
"Acho que o mercado encontrou um patamar confortável", disse o operador de câmbio da Renascença José Carlos Amado. Segundo ele, investidores venderam dólares quando as cotações subiram um pouco durante a sessão.
Diante da recente piora do humor no exterior devido à crise financeira no Chipre, o dólar aproximou-se de 2,03 reais na última quarta-feira, levando o BC a intervir para segurar a valorização da divisa. No mês de março, o dólar acumulou alta de 2,19 por cento.
Além de conter a volatilidade, muitos analistas vêem a ação do BC como parte de uma política de manter o dólar dentro de um intervalo estreito de 1,95 a 2 reais, numa tentativa de conter pressões inflacionárias e, ao mesmo tempo, não prejudicar a indústria.
A possibilidade de eventual intervenção da instituição nos mercados de câmbio segurou oscilações bruscas na sessão desta segunda-feira. Além disso, o feriado de Páscoa na Europa afastou muitos investidores das praças financeiras.
"Hoje, devido ao feriado prolongado na Europa, reduziram a liquidez do mercado", disse o gerente da mesa de câmbio da Advanced Corretora, Celso Siqueira.
Analistas afirmavam que a cautela de investidores diante da perspectiva de atuação do BC deve continuar no curto prazo, reduzindo a volatilidade do mercado mesmo diante de eventuais notícias negativas no exterior.
No entanto, segundo Amado, da Renascença, essa estabilidade deve atrair exportadores, intensificando o influxo de dólares ao país e levando a moeda norte-americana a caminhar naturalmente para níveis mais baixos.
"O exportador, a partir do momento em que perceber que o mercado perdeu volatilidade, vai começar a trazer dólares", disse o operador.
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