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Envenenados dez funcionários de centro de saúde na BA

Polícia já começou a investigar; principal hipótese é de que veneno de rato foi jogado em garrafa

Por Tiago Décimo
Atualização:

Dez funcionários do Centro de Reabilitação e Prevenção de Deficiências, das Obras Sociais Irmã Dulce (Osid), em Salvador, foram envenenados na manhã de sábado, depois de beberem café com leite na copa da organização. Todos apresentaram sintomas de envenenamento - como dores abdominais, náuseas, vômito e diarréia - cerca de 15 minutos depois de ingerirem a bebida. Encaminhados para o Hospital São Jorge, os pacientes foram medicados e transferidos para o Hospital Santo Antônio, administrado pelas Osid, antes de serem liberados. Apenas uma vítima do envenenamento, Cleonice Erties da Guarda, foi mantida em internação até a manhã desta terça-feira, 13, quando recebeu alta médica. A direção do hospital informou que, por ela estar em fase de amamentação, o processo de desintoxicação teve de ser mais cuidadoso. A 3ª Delegacia (Bonfim) começou a ouvir os funcionários da instituição na tarde desta  terla. "A garrafa com o café contaminado, bem como amostras de sangue e de urina das vítimas, foram recolhidas para que possamos dar um parecer sobre o caso", informou o delegado Miguel Cicerelli, à frente das investigações. O laudo do Departamento de Polícia Técnica com a análise do café deve ser divulgado na quarta-feira, 14. A principal suspeita é de que veneno de rato, conhecido como chumbinho - ilegal no País, mas facilmente encontrado no comércio popular de Salvador - tenha sido jogado dentro de um dos garrafões térmicos de café, mas a polícia ainda não tem suspeitos da tentativa de envenenamento. "Acreditamos que foi uma atitude individual e esperamos que o assunto seja resolvido rapidamente", afirmou a diretora das Osid, Maria Rita Lopes Pontes. "Graças a Deus, todos os funcionários que foram vítimas desse acontecimento já estão em suas casas." Todas as vítimas do envenenamento trabalham na instituição como responsáveis pela assistência aos deficientes que moram no centro de reabilitação. No local, onde são atendidas 140 pessoas, trabalham 141 funcionários.

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