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Especialista em computação do Vaticano é condenado em caso de vazamento

Claudio Sciarpelletti culpado por obstruir a Justiça na investigação de vazamento de importantes documentos papais para a imprensa por parte do ex-mordomo do pontífice

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Por Redação
Atualização:

Uma corte do Vaticano julgou neste sábado, 10, o especialista em computação Claudio Sciarpelletti culpado por obstruir a Justiça na investigação de vazamento de importantes documentos papais para a imprensa por parte do ex-mordomo do pontífice. O mesmo tribunal que condenou no mês passado Paolo Gabriele, ex-mordomo do Papa Bento 16, deu a Sciarpelletti uma sentença suspensa de dois meses. Ele foi acusado de ajudar Gabriele a vazar o documento. Mas a corte decidiu que ele era culpado apenas por obstrução da Justiça, por ter mudado sua versão dos fatos várias vezes durante a investigação. Gabriele foi condenado por furto qualificado em um outro julgamento, no mês passado, e sentenciado a 18 meses na prisão por roubar importantes documentos do papa e vazá-los para a imprensa. Ele manteve algumas informações confidenciais em seu computador. Um dos mais próximos serventes do papa, Gabriele admitiu ter vazado os documentos no que disse ter sido uma tentativa de elucidar a corrupção e o "mal" na sede dos 1,2 bilhão de católicos do mundo. Sciarpelletti passou uma noite na cela do Vaticano, em 25 de maio, dois dias depois de Gabriele ter sido preso, quando a polícia fez uma busca na casa do ex-mordomo e encontrou muitas cópias de documentos, alguns alegando brigas no tribunal papal e corrupção nos níveis mais altos da Igreja. Quando a polícia do Vaticano realizou buscas na mesa de Sciarpelletti na Secretaria de Estado - o coração da administração da Santa Sé - encontrou um envelope fechado, endereçado a Gabriele e com a palavra "pessoal". Ele continha documentos relativos a um capítulo de um livro sobre corrupção e intrigas no Vaticano, escrito pelo jornalista italiano Gianluigi Nuzzi, que recebeu os documentos de Gabriele.

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