PUBLICIDADE

''Estamos muito abaixo do nosso potencial''

Isak Kruglianskas, da Fundação Instituto de Administração

Por Afra Balazina e Andrea Vialli
Atualização:

Isak Kruglianskas, coordenador do Programa de Gestão Estratégica Socioambiental da Fundação Instituto de Administração (FIA), alerta para o risco de o País ter o caminho da energia limpa desviado por conta do pré-sal. Ele é o criador do Encontro Internacional sobre Gestão Empresarial e Meio Ambiente, que está em sua 12.ª edição e ocorre na USP nesta semana.Como o senhor vê a ênfase do governo no pré-sal? O governo tem falado sobre o pré-sal como a grande riqueza que viabilizará soluções para problemas cruciais do País. Um dos grandes problemas é o fato de o discurso focar muito mais a partilha dos resultados do que a estratégia de exploração dessa riqueza. Dependendo das tecnologias e custos de extração, sua exploração econômica pode não se mostrar competitiva. Portanto, acredito que seja essencial dar continuidade e apoio político e financeiro às iniciativas de desenvolvimento de tecnologias de produção de energias alternativas de baixa emissão de CO2, como os biocombustíveis, a eólica e o hidrogênio. E como o sr, avalia o crescimento da energia eólica no País?Estima-se que o potencial de energia eólica no Brasil seja da ordem de 143 mil megawatts, o que representa uma vez e meia a potência de geração elétrica instalada no País, que é da ordem de 106 mil megawatts. Desse grande potencial de geração de energia eólica temos instalado menos de 1 mil megawatts. A conclusão, portanto, é que estamos muito abaixo do nosso potencial. MARKETING VERDEKátia Abreu apresenta projeto na COP-16 Criticada por ambientalistas por apoiar mudanças no Código Florestal, a senadora Kátia Abreu (DEM-TO) fará o lançamento internacional, durante a Conferência do Clima das Nações Unidas (COP-16), que começa amanhã em Cancún, do Projeto Biomas. A iniciativa é uma parceria entre a Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil e a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, com duração de nove anos, e envolve a proposição de soluções técnico-científicas para conciliar produção agrícola e proteção dos biomas brasileiros. A senadora também foi à COP-15, em Copenhague.TRAJETÓRIAPaulo Nogueira-Neto lança livro na FiespO cientista Paulo Nogueira-Neto (foto) lança amanhã, na Fiesp, seu livro Uma Trajetória Ambientalista - Diário de Paulo Nogueira-Neto (Empresa das Artes). Fruto de anotações feitas nos últimos 30 anos, documenta boa parte da história da luta ambiental no Brasil e no mundo e como foram criadas as primeiras leis e instituições brasileiras sobre o tema. O cientista dirigiu a Secretaria Especial do Meio Ambiente (Sema) do governo federal (1974 a 1986) e criou 26 reservas ecológicas.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.