França tentará resgatar corpos de vítimas do voo AF447, diz FAB

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Por Redação
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A França tentará resgatar os corpos das vítimas do acidente com o avião da Air France que caiu no oceano Atlântico após decolar do Brasil em 2009, matando 228 pessoas, informou a Força Aérea Brasileira (FAB) na terça-feira. A tentativa de resgate será feita na mesma missão destinada a recuperar partes do avião acidentado e que será iniciada nesta semana, informou a FAB em nota. As causas do acidente ainda não foram identificadas, mas um relatório informou ser impossível determinar o motivo claro para a queda do avião sem os dados das caixas-pretas. "O clima é de otimismo quanto à localização das caixas-pretas", disse o coronel Luís Cláudio Lupoli, segundo comunicado da FAB. Ele viajará a Paris, de onde embarcará para Dacar, no Senegal, para participar da quinta fase das buscas, que terá o auxílio de um navio. Na semana passada, a associação dos familiares das vítimas do acidente anunciou a localização da cauda da aeronave, parte do avião onde estariam as caixas-pretas. Segundo a FAB, mesmo que as caixas-pretas não possam ser resgatadas, a missão tentará recuperar outros destroços que possam ajudar na investigação do acidente. O voo AF447 da Air France, operado por um Airbus 330-203, caiu em águas internacionais, perto da costa brasileira, quando seguia do Rio de Janeiro para Paris na noite de 31 de maio a 1o de junho de 2009, sem deixar sobreviventes. CRÍTICAS O coronel Lupoli também rebateu as críticas quanto à participação brasileira na investigação do acidente, a cargo do BEA, órgão de investigações e análises da França. O grupo que reúne os familiares das vítimas defende que, uma vez resgatadas, as caixas-pretas sejam examinadas em um país neutro, como os Estados Unidos. Mas, de acordo com tratados internacionais, no caso de acidentes ocorridos em águas internacionais, a responsabilidade de investigação das causas cabe ao país de procedência da aeronave, podendo contar com a colaboração de outros países. "Tenho participado dos trabalhos realizados pelo BEA e tudo está em conformidade com o que é preconizado pelos órgãos da aviação civil internacional", disse Lupoli. Segundo ele, a comissão de investigação é composta também por Brasil, EUA, Alemanha e Inglaterra e outros 12 países que atuam como observadores. (Por Hugo Bachega)

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