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Governadores do PT defendem postura do Planalto sobre Palocci

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Por Redação

Governadores do PT elogiaram nesta segunda-feira a maneira como o governo tem tratado as alegações envolvendo o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, e criticaram a oposição por insistir na convocação do ministro para explicar sua evolução patrimonial no Congresso. Os governadores Agnelo Queiroz (DF), Jaques Wagner (BA), Marcelo Déda (SE), Tarso Genro (RS) e Tião Viana (AC), que se reuniram em Brasília para discutir reforma política e preparação para a Copa do Mundo de 2014, afirmaram que não cabe ao Congresso avaliar o aumento de patrimônio do ministro. Na avaliação de Wagner, o governo da presidente Dilma Rousseff tem agido corretamente ao tratar do caso e não cabe ao Congresso se envolver na questão. "Concordamos que o governo está tratando da melhor forma possível, que não é o Congresso que tem que verificar esse tipo de situação, mas sim o Ministério Público que já está tomando as medidas", disse o governador baiano, segundo o site do PT (www.pt.org.br). Já Déda criticou a oposição por, segundo ele, tratar o caso como uma questão política. "Objeto de denúncia contra o ministro Palocci é justamente a declaração de Imposto de Renda. Não está se tratando de um crime fiscal, por isso a ida do ministro ao Congresso, ou não, é mais uma questão política da oposição", disse. "Convocar o ministro para explicar o IR é pratica da oposição." O ministro tem sido pressionado pela oposição a esclarecer o aumento de seu patrimônio depois de o jornal Folha de S.Paulo ter publicado que o patrimônio de Palocci teria aumentado em 20 vezes nos quatro anos em que ele foi deputado federal. O ministro argumentou, em comunicados, que os rendimentos vieram de uma empresa de consultoria estabelecida por ele, a Projeto, que pagou impostos e declarou esses ganhos. A oposição tem pressionado pela convocação de Palocci ao Congresso para dar explicações sobre seu aumento patrimonial e as sobre os serviços prestados pela consultoria. Parlamentares opositores tentam ainda instalar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) mista para apurar o aumento patrimonial do ministro e a possibilidade de ter havido tráfico de influência. Para Jaques Wagner, mecanismos como as CPIs não devem ser "banalizados". "A CPI talvez seja um dos instrumentos mais fortes que o Legislativo tem para fiscalizar o Executivo. Mas nesse caso, não tem nenhum envolvimento de verba pública. É uma empresa pessoal", afirmou a jornalistas. (Por Eduardo Simões; com reportagem adicional de Maria Carolina Marcello em Brasília)

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