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Greve causa perda de US$ 60 mi na exportação de carne, calculam associações

Com a paralisação dos caminhoneiros, associações do setor estimaram que 25 mil toneladas de carne de frango e de suínos deixaram de ser exportadas

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Por Redação
Atualização:

A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estimaram que com a paralisação dos caminhoneiros 25 mil toneladas de carne de frango e de suínos deixaram de ser exportadas, o equivalente a US$ 60 milhões em receita.

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"Com os bloqueios nas rodovias, que impedem o acesso dos insumos necessários à produção e impossibilitam o escoamento de alimentos, deixaram de ser exportadas 25 mil toneladas de carne de frango e suínos, o equivalente a uma receita de US$ 60 milhões que deixa de ser gerada para o País. No caso da carne bovina, são cerca de 1.200 contêineres que deixam de ser embarcados por dia", disseram as duas entidades em comunicado conjunto.

"Com os bloqueios nas rodovias, deixaram de ser exportadas 25 mil toneladas de carne de frango e suínos", disseram asentidades Foto: Rafael Arbex/Estadão - 9/6/2017

Conforme a nota, 129 unidades produtivas de empresas associadas de carnes bovina, suína e de aves estão paralisadas. Até a sexta-feira (25), acrescentam, mais de 90% da produção de proteína animal deve estar interrompida caso os caminhoneiros não voltem a trabalhar. De acordo com as duas entidades, que representam mais de 170 empresas e cooperativas da cadeia produtiva e exportadora de proteína animal em atividade no Brasil, 208 fábricas de diversos portes estão paradas.

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Ainda conforme o comunicado, 85 mil funcionários das indústrias e cooperativas de proteína animal tiveram suas atividades suspensas. O setor de proteína animal emprega mais de 7 milhões de pessoas e é responsável pela produção de mais de 25 milhões de toneladas de alimento/ano. "Os estabelecimentos menores e de cidades pequenas ou regiões metropolitanas - que mantêm um ciclo de entrega de produtos a cada dois dias - já estão com o abastecimento comprometido. Essa dificuldade pode atingir os grandes centros nos próximos dias."

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A Abiec e a ABPA dizem que a paralisação é um direito da categoria mas as consequências "já ganharam contornos graves" e o setor produtivo entende ser necessário "que sejam tomadas as devidas medidas por parte dos governantes para que a situação seja sanada o quanto antes".

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