PUBLICIDADE

Iraque sob alerta um ano após morte de Saddam Hussein

Partidários do ex-presidente iraquiano devem se reunir em Tikrit para homenageá-lo.

PUBLICIDADE

Por BBC Brasil

As forças de segurança do Iraque estão sob alerta máximo neste domingo, um ano após a morte do ex-presidente Saddam Hussein. Os partidários de Saddam devem se reunir em Tikrit, cidade natal e reduto político do ex-presidente, e ao lado de seu túmulo, que fica próximo à cidade. De acordo com o porta-voz do ministério do Interior, Abdul Karim Khalaf, a polícia está atenta para tentar reprimir "atos criminosos" que sejam perpetrados por partidários de Saddam. No sábado, cerca de 2 mil pessoas marcharam na capital da Jordânia, Amã, para homenagear o ex-líder iraquiano. Saddam Hussein foi executado em 30 de dezembro do ano passado por crimes contra a humanidade. Ele e outros dois réus haviam sido condenados à morte no dia 5 de novembro de 2006, pelo assassinato de 148 pessoas, a maioria xiitas, na cidade de Dujail, em 1982. Críticas Imagens feitas durante a execução de Saddam indicam que ele teria sido ridicularizado minutos antes de morrer enforcado, o que gerou críticas ao governo iraquiano. As cenas, que foram gravadas com um telefone celular, mostraram que o ex-presidente iraquiano trocou insultos com testemunhas presentes à execução pouco antes de ser enforcado. Em um dos momentos do vídeo, uma das testemunhas grita para Saddam ir "para o inferno". O ex-líder iraquiano reage, e questiona a bravura dos presentes. As imagens se espalharam rapidamente pelo mundo provocando a reação de líderes políticos, entre eles o presidente americano, George W. Bush, que criticou a forma como a sentença de morte foi aplicada. Outros membros do governo de Saddam, como o ex-ministro da Defesa Sultan Hashim al-Tai e o alto comandante das Forças Armadas, Hussein Rashid Al-Takrit, também foram condenados à morte e aguardam a execução. Ali Hassan al-Majid, conhecido como "Ali Químico", também está no corredor da morte. "Ali Químico" é primo de Saddam Hussein e foi uma das figuras mais fortes do antigo regime iraquiano. Ele foi considerado culpado de genocídio, crimes de guerra e crimes contra a humanidade por ter comandando a chamada operação Anfal, uma campanha de eliminação da população curda no norte do Iraque em 1988. Em fevereiro daquele ano, o Iraque lançou gás mostarda e sarin contra áreas curdas, matando cerca de 180 mil pessoas, segundo estimativas de organizações de direitos humanos. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.