PUBLICIDADE

MG propõe royalty de 4% para minério em reunião sobre marco

PUBLICIDADE

Foto do author Redação
Por Redação

Dentro das discussões para elaboração do novo marco regulatório da mineração, o governo de Minas Gerais apresentou ao governo federal nesta quarta-feira proposta de aumento do royalty de minério de ferro para 4 por cento sobre o faturamento bruto da produção, informou a assessoria de imprensa do Estado produtor. Minas Gerais recebe, atualmente, de 0,2 a 3 por cento sobre o faturamento líquido das empresas mineradoras, conforme o tipo de mineral extraído. O governador Antonio Anastasia reuniu-se nesta quarta-feira, no Palácio do Planalto, com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e com o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, para discutir a proposta do novo marco regulatório da mineração. "Minas Gerais tem 50 por cento da produção mineral do Brasil. Então, naturalmente, a posição de Minas é relevante. E mostramos que os valores atuais são pequenos diante, especialmente, de royalties de outros produtos, como o petróleo", afirmou o governador, segundo a nota enviada por sua assessoria. O governo de Minas Gerais procurou mostrar que existe uma grande disparidade entre os royalties do petróleo e do minério, "o que prejudica Estados, como Minas Gerais e Pará, onde a atividade mineradora é mais intensa". Enquanto em 2011, no Brasil, os royalties e participações especiais referentes ao petróleo alcançaram 25,8 bilhões de reais, os valores arrecadados com a Cfem foram de apenas 1,54 bilhão de reais, disse o governo de Minas. A revisão dos valores da Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais (Cfem) foi um dos temas discutido durante a reunião. O governo tem realizado reuniões com representantes de Estados produtores de minerais para apresentar e discutir o texto do marco regulatório da mineração, afirmou nesta quarta-feira o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão. Segundo fontes com conhecimento do assunto, o governo estuda implementar royalties mais elevados em regiões com maior nível de produção, como, por exemplo, em Carajás, no Pará, onde a Vale explora uma das maiores jazidas de minério de ferro do mundo. O modelo seria semelhante ao que já ocorre no setor de petróleo, com a cobrança de participações especiais sobre campos com grande produtividade. (Por Sabrina Lorenzi)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.