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Miss Brasil é destaque da Vila Isabel na Sapucaí

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A Vila Isabel tinha um enredo social, carros alegóricos criativos, mas, sem um samba contagiante, a escola de Noel Rosa não conseguiu empolgar a Marquês de Sapucaí. O mesmo não pode se dizer da estreante Natália Guimarães como rainha da bateria do mestre Mug. A miss Brasil casou frisson desde a concentração, acompanhada de perto por um batalhão de fotógrafos e por seu pai, Gilberto Guimarães. "Esse foi o melhor dia da minha vida, foi melhor que a passarela de miss. Acho que nem vou dormir essa noite", afirmou Natália. Depois de dois meses de aulas de samba, a miss Brasil não fez feio na avenida e mostrou a graça em seu desfile. O pai não esperava um assédio tão grande, mas admite que agora que sua filha é "reconhecida mundialmente", o interesse por ela é grande até fora do País. "É assim também em Nova York, onde eu moro", disse um orgulhoso Gilberto. No final da apresentação, Natália ainda foi alvo do beijoqueiro José Alves de Souza, que burlou a segurança e agarrou a miss. Para contar a história dos trabalhadores no Brasil, a Vila Isabel contou com a presença até do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que veio na ala da diretoria da escola. A azul e branca não teve sorte. Um problema com o carro alegórico da Velha Guarda acabou resultando em um grande buraco no desfile da escola, o que deve roubar alguns pontos no quesito evolução. A Vila Isabel precisou enfrentar ainda outra dificuldade. Houve um principio de incêndio no carro alegórico que representava a indústria. Os bombeiros correram para apagar o incêndio e obrigaram o carro a passar na avenida sem os efeitos pirotécnicos programados pelo carnavalesco Alex de Souza. O desfile da Vila contou a história do trabalho no País, desde a escravidão dos índios e negros, passando pela chegada dos imigrantes e as lutas sindicais. A escola recebeu apoio do Central Única dos Trabalhadores (CUT), que teve alguns de seus representantes desfilando pela azul e branca.

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