MPE denuncia seis por desabamento de prédio no Rio

Acidente ocorrido há quase um ano causou a morte de 22 pessoas

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Por Fabio Grellet
Atualização:

RIO - Um dia antes de completar um ano o desabamento do edifício Liberdade e de outros dois prédios vizinhos, no centro do Rio, o Ministério Público Estadual denunciou nesta quinta-feira, 24, seis pessoas pelo acidente, que causou a morte de 22 pessoas. Eles são acusados pelo crime de desabamento ou desmoronamento, previsto no artigo 256 do Código Penal.O promotor Alexandre Murilo Graça se baseou no inquérito concluído em maio pela Polícia Federal (PF), que atribuiu o desabamento a reformas irregulares realizadas pela empresa TO Tecnologia Organizacional no 9º andar do prédio. Foram denunciados Sérgio Alves de Oliveira, sócio e administrador da empresa; Cristiane Azevedo, funcionária administrativa da TO; Gilberto Figueiredo Castilho Neto, André Moraes da Silva, Wanderley Muniz da Silva e Alexandro da Silva Fonseca Santos, que executaram a obra, como mestres de obra e pedreiros.O inquérito da PF também responsabiliza o síndico do edifício, Paulo Renha, de 83 anos. Mas ele sofreu uma parada cardíaca e morreu nesta quinta, e por isso não foi denunciado. O desabamento foi investigado pela PF porque os prédios que desabaram eram vizinhos do Theatro Municipal e o acidente teria abalado o imóvel, que é protegido pela União. O inquérito foi encaminhado ao Ministério Público Federal, que não denunciou ninguém alegando que não ficou provado nenhum prejuízo ao Theatro e que, por isso, a denúncia caberia ao Ministério Público Estadual.

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