Nayara e defesa de acusado participam da reconstituição

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Por Marcela Spinosa
Atualização:

A adolescente Nayara Rodrigues da Silva participou hoje da reconstituição do fim do seqüestro de Eloá Cristina Pimentel, que foi morta após ser mantida refém por mais de 100 horas pelo ex-namorado Lindemberg Alves, no dia 17 de outubro. O crime aconteceu no apartamento da vítima, em Santo André, no ABC paulista. A jovem chegou ao local acompanhada de psicólogos e de representantes do Conselho Tutelar. Lindemberg não participa da reconstituição, que é acompanhada por seus advogados de defesa. Além de Nayara, participam da reconstituição Vitor e Iago - os dois meninos que também foram feitos reféns por Lindemberg e soltos no início do cárcere privado - Douglas, irmão de Eloá, e a mãe da menina. O advogado da família de Eloá, Ademar Gomes, foi ao local para acompanhar o início dos trabalhos, mas foi embora em seguida. Segundo ele, "a reconstituição é importante para saber o que aconteceu no dia da invasão". Gomes considera a presença de Nayara para esclarecer "se houve ou não o tiro antes da invasão e porque ela voltou ao cativeiro". Para o promotor que atua no caso, Antonio Nobre Folgado, a reconstituição em nada mudará seu posicionamento sobre o a culpa de Lindemberg, de 22 anos. "Acredito que (a reconstituição) será uma peça auxiliar, mas que não trará nada de novo sobre o que já foi apurado." O promotor denunciou o jovem por homicídio, cárcere privado e disparo de arma de fogo. Caso seja condenado, poderá pegar pena que varia entre 50 e 60 anos de reclusão. Ele está preso na Penitenciária de Tremembé, no interior paulista. Inconformado com o fim do relacionamento com Eloá, de 15 anos, Lindemberg invadiu o apartamento da adolescente. Ela e Nayara, também de 15 anos, ficaram em poder do jovem por quase 101 horas, quando a polícia invadiu o local. As duas acabaram baleadas. Eloá não resistiu aos ferimentos na cabeça e morreu.

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