Negociadores sírios retomam negociações, oposição pede libertação de prisioneiros

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Por Redação
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As delegações do governo sírio e da oposição retomaram no domingo as conversações frente a frente, que se espera, lidarão com questões humanitárias, incluindo os pedidos para que Damasco liberte mulheres e crianças presas. Um porta-voz da ONU disse que os dois lados se reuniram para um segundo dia de conversas na sede da ONU em Genebra, na presença do mediador internacional, Lakhdar Brahimi, que está tentando um acordo de paz para por fim a quase três anos de conflito. Brahimi disse que os dois dias de conversações do fim de semana vão se concentrar no que ele chamou de construção de laços de confiança, destinados a estabelecer um ambiente positivo antes das conversações mais difíceis de segunda-feira. Ele descreveu as sessões de sábado, as primeiras reuniões frente a frente entre os inimigos em guerra, como um bom começo. No entanto, ele disse que pouco progresso foi feito em relação a um acordo para permitir que ajuda humanitária chegue ao centro da cidade de Homs, onde os rebeldes estão cercados pelas tropas do presidente Bashar al-Assad há 18 meses. A oposição disse que no domingo vai pedir a libertação dos detidos. Ela não deu detalhes, mas um diplomata ocidental disse que espera que o pedido se concentre nas mulheres e crianças. Representantes do governo que chegavam para as negociações no domingo disseram que estavam preparados para discutir todas as questões apresentadas por Brahimi, mas que era um erro se concentrar em questões locais ou individuais. "Eles sugeriram Homs. Nós dizemos que todas as cidades da Síria são iguais e igualmente importantes", disse a jornalistas o Ministro da Informação da Síria, Omran Zoabi. "O outro lado veio aqui para discutir um pequeno problema aqui ou ali. Nós viemos discutir o futuro da Síria", disse Bouthaina Shaaban, uma conselheira de Assad e integrante da delegação do governo sírio. "Não viemos aqui para trazer alívio para uma região aqui ou uma região acolá. Nós viemos para restaurar a segurança e proteção para o nosso país", disse ela.

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