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Para bombeiros, Morro do Bumba tinha 200 moradores

Por PEDRO DANTAS E SOLANGE SPIGLIATTI
Atualização:

O Corpo de Bombeiros estima que cerca de 200 pessoas moravam no Morro do Bumba, em Niterói, região metropolitana do Rio de Janeiro, onde cerca de 50 casas foram soterradas na noite de ontem. A Defesa Civil informou que 56 pessoas foram retiradas com vida, sendo que 21 permanecem internados. Cerca de 300 homens, entre integrantes da Força Nacional de Segurança (FNS), policiais civis, bombeiros e policiais militares, trabalham nas operações de resgate no local. Seis corpos já foram resgatados - uma criança e cinco mulheres. Com esse deslizamento, o número de mortes provocadas pelas chuvas no Estado já passa de 150. Centenas de pessoas estão no local à espera de notícias sobre parentes desaparecidos. Entre os que aguardam notícias no local está o motorista de ônibus Marcos Antonio Caternol Júnior, de 31 anos, morador da comunidade e que passou em frente ao morro dirigindo o coletivo poucos minutos antes da tragédia. "Minha mulher ouviu o estouro e saiu com o bebê no colo, pensando que se tratava de um acidente. Ao olhar para trás, ela viu a casa sendo soterrada. Dentro da residência estavam os pais dela, o bisavô e o nosso filho Caíque de seis anos. Até agora não entendo o que aconteceu", contou.Na capital fluminense, o prefeito Eduardo Paes (PMDB) voltou a recomendar hoje que as famílias deixem as áreas de risco e busquem abrigo em outros locais. Segundo a prefeitura, ainda há muitos riscos de deslizamento nas encostas da cidade. Paes também alertou que os problemas no trânsito da capital do Estado devem continuar em razão de várias vias ainda estares bloqueadas. "Por isso, pedimos de novo que as pessoas que não tiverem obrigação de sair que não o façam, e que busquem fazer carona solidária, auxiliando os vizinhos e desafogando o tráfego." DoaçõesA Secretaria Municipal de Assistência Social disponibilizou hoje mais 21 postos de atendimento para o recebimento de doações para os desabrigados no Rio. Além desses pontos, os donativos podem ser entregues também no Centro Administrativo São Sebastião, na Cidade Nova, e na Praça da Cruz Vermelha, no centro da cidade, das 9h às 17h. As necessidades mais urgentes são colchonetes, roupas de cama e banho, material de higiene, fraldas, alimentos não perecíveis, leite em pó e água mineral. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (21) 3973-3800.

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