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PERFIL-Experiente no mercado, Pereira presidirá CVM

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Por Redação

Conhecido pela experiência no mercado de capitais, Leonardo Pereira terá a missão de presidir a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) nos próximos cinco anos. Na Gol, onde esteve à frente da vice-presidência de finanças e da diretoria de relações com investidores nos últimos três anos, é visto como um executivo seguro e controlador, embora não seja centralizador, além de ser correto em todos os procedimentos. "Ele distribui o trabalho e as responsabilidades. Tem ciência do que está acontecendo o tempo todo ", disse uma pessoa próxima a ele na companhia aérea. Formado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e em Economia pela Universidade Candido Mendes, também no Rio, o executivo cursou MBA pela Universidade de Warmick, na Inglaterra e um programa executivo sênior pela Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. "Ele é um workaholic e tem formação técnica muito sólida. Ele foi diretor de relações com investidores em duas grandes companhias abertas em momentos importantes", disse um executivo que trabalhou com Pereira na empresa de TV paga Net, onde foi diretor executivo-financeiro entre 2000 e 2007. O executivo de 54 anos começou sua carreira no Citibank, onde trabalhou de 1982 a 1995. Além da Net, também foi diretor de Planejamento Corporativo e de Relações com Investidores da Globopar, holding do grupo de comunicação Globo. Na Gol, onde trabalhou desde 2009, Pereira passou por momentos complicados, na visão de analistas que acompanham a empresa. "Gerir uma empresa aérea é uma das coisas mais difíceis, mas a Gol sempre manteve um balanço saudável", disse um analista de um grande banco. Pereira foi indicado nesta terça-feira pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, e terá que passar por sabatina pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado e ser aprovado pela Casa antes de ser empossado. A indicação de Pereira surpreendeu os participantes do mercado, por se tratar de uma pouco usual nomeação de um profissional não diretamente ligado a entidades do mercado de capitais . A expectativa é de que ele dê continuidade ao trabalho de Maria Helena Santana no últimos 5 anos. "A adequação das empresas às normas do IFRS e o desenvolvimento de várias outras normas de regulação de mercado é um trabalho que já vem sendo feito pela CVM", disse o advogado Manoel Vargas, sócio do escritório Lobo & Ibeas. (Por Juliana Schincariol)

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