Pesquisadores brasileiros criam carne em pó

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Por AE
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Pesquisadores brasileiros desenvolveram uma carne em pó que promete melhorar a qualidade de vida das pessoas que precisam dos nutrientes da carne, mas não conseguem mastigar. Os beneficiados incluem, por exemplo, pacientes com Alzheimer, Parkinson, AVC e lábio leporino. Doentes com câncer ou pessoas submetidas à cirurgia de redução de estômago também podem ser beneficiados. A nutricionista e pesquisadora da Universidade de São Paulo (USP), Suely Prieto de Barros, responsável pela ideia do produto, explica que a carne em pó será mais acessível do que os suplementos de proteína disponíveis no mercado, feitos a base de soja, milho, maltodextrinas e aminoácidos sintéticos. "Será, no mínimo, 60% mais barato", aponta Suely.Cada 100 gramas da carne em pó contém cerca de 10 gramas de aminoácidos essenciais - peças fundamentais para a construção das proteínas. Uma quantidade idêntica de carne teria 20% mais aminoácidos, o que comprova a manutenção da maior parte dos nutrientes no produto em pó. Os níveis de cálcio, ferro e sódio também são semelhantes ao da carne não processada. Por outro lado, as gorduras saturadas estão presentes em menor quantidade do que em carnes magras. O produto pode acompanhar receitas doces e salgadas, como sopas ou vitaminas.Há 24 anos, Suely cuida de crianças com lábio leporino no Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da USP, em Bauru. Em dezembro, sugeriu ao Grupo Bertin a criação do produto. Duas semanas depois, foi procurada para iniciar testes com um primeiro lote. A empresa espera conseguir a aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2010. A nutricionista Silvia Justina Papini-Berto, da Unesp de Botucatu (SP), recorda quando serviu sopa com carne em pó a um grupo de 32 pessoas. "Todos aprovaram o sabor." As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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