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PF vai apurar troca de tiros com PMs em Minas Gerais

Por Eduardo Kattah
Atualização:

A Polícia Federal instaurou hoje inquérito para apurar a troca de tiros entre agentes federais e policiais militares ocorrida ontem, em Governador Valadares, na região leste de Minas Gerais. O incidente ocorreu em uma praça de um bairro de alta criminalidade da cidade. Os policiais envolvidos fazem parte do serviço de inteligência da corporação. Como não estavam caracterizados, os policiais teriam se confundido com bandidos armados. Dois PMs e um instrutor de auto-escola que passava pelo local ficaram feridos, mas não correm risco de morte. Por volta das 17h, quatro agentes que estavam em um veículo de passeio e investigavam o tráfico de drogas na região do bairro Santa Helena começaram a ser perseguidos por um carro, onde estavam quatro PMs do setor de inteligência da corporação, que suspeitaram do veículo onde estavam os federais, por ter os vidros escuros e placas de outra cidade. Segundo a PM, quando abordaram o carro, os militares foram recebidos a bala. Um cabo foi atingido no braço direito e um soldado recebeu um tiro na mão direita. Os nomes dos PMs não foram divulgados. Eles estavam internados em observação. O instrutor de auto-escola Marcos Aurélio Munis de Oliveira foi baleado de raspão no peito e liberado depois de medicado. O tiroteio ocorreu na Praça da Valdinelly, uma área movimentada, com várias lojas e casas. O carro da PM foi atingido por pelo menos 15 dos 22 tiros disparados. A PM afirma que seus homens não fizeram disparos, mas testemunhas afirmaram que houve revide. "Foi um incidente em razão das circunstâncias. Não dá para dizer que foi culpa de ninguém. É algo possível de acontecer em qualquer lugar, principalmente um local freqüentado por bandidos", disse o delegado Rui Antônio da Silva, chefe da PF em Governador Valadares. O tenente-coronel Ricardo Calixto, da assessoria de comunicação da PM, disse que uma sindicância regular será aberta pela corporação para apurar as circunstâncias do episódio. Ele, porém, fez questão de classificar o fato como um "incidente ocasional", que não irá influir no bom relacionamento entre as duas corporações.

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