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Professores em greve fazem assembléia hoje em SP

Por CARINA URBANIN
Atualização:

Os professores da rede estadual de São Paulo, em greve desde o dia 16, fazem assembléia hoje, às 15 horas, no vão livre do Masp, para avaliar o movimento. A categoria reivindica mudanças no decreto 53.037, que limitou a transferência de professores, e reajuste salarial. O governo do Estado de São Paulo autorizou as escolas a chamarem professores substitutos para dar aulas no lugar dos grevistas. Segundo a Secretaria da Educação, entre 5 mil e 10 mil profissionais têm faltado. A medida foi considerada abusiva pelo sindicato da categoria, que entrou ontem com um mandado de segurança pedindo uma liminar contra a contratação dos chamados professores eventuais. Na última terça-feira, o Estado anunciou mudanças no texto do decreto, passando a permitir que os profissionais que tiraram todo tipo de licença peçam transferências - o decreto autorizava apenas as gestantes. O número de faltas permitidas por ano aumentou em duas, para 12 - seis com apresentação de atestado médico. O governo manteve, porém, a obrigatoriedade do profissional cumprir, ao menos, 200 dias letivos antes de ter permissão para pedir transferência. A secretaria encaminhou à Assembléia Legislativa do Estado projeto de lei que define reajuste de 12,2% no salário-base dos professores. O projeto tem caráter de urgência e deve ser votado em, no máximo, 45 dias. O prazo, no entanto, não inclui os 30 dias do recesso da Assembléia, portanto, há risco de que a votação fique para agosto. O líder do PSDB na Assembléia, deputado Samuel Moreira, afirmou que fará "além do máximo para garantir a votação antes do recesso". "Deixar esse projeto para agosto é inconcebível", afirmou.

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