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Professores em Porto Alegre e Salvador aderem à greve

Por ELDER OGLIARI E TIAGO DÉCIMO
Atualização:

Os professores do Rio Grande do Sul paralisaram parcialmente suas atividades hoje para pressionar o governo do Estado a pagar o piso nacional da categoria, que é de R$ 725,50 para o regime de 20 horas semanais. As avaliações da adesão são divergentes. Enquanto o sindicato da categoria calcula que 90% das escolas suspenderam suas atividades, a Secretaria da Educação reconhece que apenas 27% paralisaram totalmente e 24% parcialmente. A rede pública tem 2.572 escolas e 1,1 milhão de alunos.O sindicato afirma que o índice chega a 90% pelo menos em Porto Alegre e região metropolitana e quase 100% em Bagé e Cachoeira do Sul. A Secretaria emitiu nota na qual adverte que todas as aulas interrompidas terão de ser recuperadas integralmente, minuto a minuto. Os professores programaram um ato público conjunto com outras categorias do funcionalismo estadual para a próxima sexta-feira.Os professores da rede estadual de ensino da Bahia e da rede municipal de Salvador também aderiram à paralisação convocada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) para cobrar a aplicação do piso salarial nacional da categoria. As aulas das duas redes foram suspensas, com participação de mais de 90% dos docentes. A paralisação deve seguir até sexta-feira, atingindo cerca de 1,2 milhão de estudantes.Segundo o governo baiano, 32,6 mil professores da rede, dos 37,8 mil, recebem mais que o piso - com o reajuste linear de 6,5% concedido a todos os servidores do Estado este ano, o salário-base dos professores que têm curso superior foi para R$ 1.586,02 (o piso nacional foi reajustado para R$ 1.451).Os 5,2 mil restantes, porém, ganham menos do que o valor. "Temos o compromisso de pagar o piso nacional", promete o secretário Osvaldo Barreto. De acordo com ele, técnicos das secretarias de Administração e de Educação estão realizando estudos para adequar o Estado ao piso nacional. Já no município, a Secretaria de Educação afirma que já paga mais do que o piso nacional para os professores da rede. O salário-base do docente, para jornada de 40 horas semanais, segundo a Secretaria, é de R$ 1.490,46.

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