30 de maio de 2012 | 19h02
Briga entre facções criminosas rivais pelo controle do tráfico de drogas dentro e fora das penitenciárias, segundo o governo do Estado, teriam motivado as rebeliões, que resultaram em um morto e dois feridos. As rebeliões tiveram início por volta das 20 horas de terça-feira e só foram controladas na tarde desta quarta-feira. No Complexo Penitenciário PB 1 e PB 2, os presos detonaram duas bananas de dinamite que destruíram grades e paredes das celas e pavilhões. Eles também colocaram fogo em colchões. A PM encontrou uma banana de dinamite que não explodiu, um revólver, uma pistola e aparelhos de telefonia celular, usados pelos presos para se comunicarem com parentes e com jornalistas e radialistas.
O secretário da Administração Penitenciária do Estado, Washington França, disse à imprensa que a maior preocupação foi manter o controle da situação sem que ninguém se ferisse. Na penitenciária do bairro do Róger, os presos chegaram a suspender a rebelião por volta da 1 hora desta quarta-feira e reiniciaram quando o dia estava amanhecendo. A confusão só terminou quando o pelotão de choque da PM invadiu o presídio, no início da tarde.
"A rebelião começou por causa de uma briga entre duas facções. Apenados de uma ala queriam atingir os apenados de outra ala. Então, nos reunimos para contornar a situação", declarou o secretário, embora parentes dos presos digam que as rebeliões foram motivadas por melhores condições de vida dentro dos presídios. Os presos estariam querendo melhor alimentação e fim de maus tratos. O secretário nega maus tratos. A população carcerária da Paraíba é de 8.210 presos. Do total, pouco mais de mil cumprem pena no presídio do Róger, que tem capacidade para 400. Outros 664 cumprem pena no Complexo PB 1 e PB 2, que comporta 700.
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