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Rio: mesmo com nova ordem de prisão, traficante é solto

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Preso em setembro, Edson Silva de Souza, o Orelha, acusado de ser o chefe do tráfico de drogas no complexo de favelas do Alemão, na zona norte do Rio, foi libertado às 11h desta quinta-feira, 6, com base em um habeas-corpus concedido pelo Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) na última terça-feira. No entanto, desde quarta-feira, dia 5, havia uma nova ordem de prisão contra ele, que não foi levada em conta no momento da soltura.O Ministério Público estadual investiga se houve irregularidade na libertação de Orelha, por conta de não ter sido verificada a nova ordem de prisão.Orelha foi preso acusado de comandar ataques a Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e incendiar veículos no complexo do Alemão. Outras 24 pessoas foram presas na mesma operação policial, em setembro, e continuam detidas.Nesta sexta-feira, 7, o secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame, comentou a libertação de Orelha: "A sociedade é que tem que questionar a liberdade desses marginais. Nós colocamos uma delegacia no Complexo do Alemão, colocamos um delegado recém-formado, uma estrutura de policiais recém-formados, estamos fazendo um trabalho de inteligência policial, prendemos essas pessoas todas na maioria dos casos sem disparar um tiro", disse."Fizemos operações dentro de uma racionalidade e inteligência, mas temos que respeitar o Poder Judiciário. O que as pessoas precisam entender é o que eu já disse e vou repetir: é que segurança pública não é sinônimo de polícia", afirmou."Se esses presos voltarem para o Alemão vai ser muito difícil, muito ruim para aquela população e para toda a sociedade. Essa é uma discussão muito atual que tem ser feita. A legislação tem que ser discutida, o Ministério Público, o Tribunal de Justiça, o conceito de segurança. Isso tudo precisa ser amplamente discutido porque o lado mais fraco disso tudo é a polícia. A polícia fez uma investigação de seis meses e agora vai ter que refazer todo esse trabalho", lamentou Beltrame.

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