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Tim e Telefônica lançam ofertas de venda de antenas adquiridas da Oi

Para evitar a concentração dos ativos nas mãos de apenas três operadoras, o Cade determinou que TIM e Vivo deveriam se desfazer de metade das estações rádio-base em seis meses

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Foto do author Circe Bonatelli

A TIM e a Telefônica (dona da Vivo) lançaram as ofertas públicas para venda de metade das antenas que foram recebidas no processo de aquisição das redes móveis da Oi. A Telefônica colocou à venda 1.346 antenas pelo valor total de R$ 50,5 milhões. No caso da TIM, são 3.610 pelo valor total de R$ 368,8 milhões.

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As informações constam em documentos enviados pelas companhias ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) comunicando o início das ofertas, bem como detalhes dos equipamentos, como especificações, localização e preços unitários. A compilação dos dados foi feita pelo Estadão/Broadcast.

Para evitar a concentração dos ativos nas mãos de apenas três operadoras após a Oi sair do ramo de telefonia móvel, o Cade determinou que TIM e Vivo deveriam se desfazer de metade das estações rádio-base (ERBs) em seis meses. Para a Claro, que concentrará menos equipamentos, serão 40% em 12 meses. Até o momento, a Claro não comunicou o Cade sobre início de sua oferta.

A Telefônica colocou à venda 1.346 antenas pelo valor total de R$ 50,5 milhões Foto: Nacho Doce/Reuters

As ERBs são equipamentos colocados em postes, viadutos, prédios e torres para ativar o sinal de telefonia e internet. De modo resumido: são antenas. Juntas, Oi, TIM, Vivo e Claro tinham quase 100% do total de antenas de telefonia no mercado. Só a Oi era dona de 14,6 mil estações rádio-base.

Nas ofertas levadas a público neste momento, há ERBs aptas a operar as tecnologias 2G, 3G e 4G, nas faixas de 900 Mhz, 1.800 Mhz e 2.100 Mhz. A maioria dos equipamentos é da fabricante Nokia, mas também há unidades de Ericsson e Huawei. No caso da Telefônica, os preços unitários vão de R$ 3 mil a R$ 83 mil. Na TIM, vão de R$ 26 mil a R$ 322 mil, dependendo da localidade e da conservação do item.

Alienar esses bens não é tarefa fácil, pois o uso das antenas têm pouca flexibilidade. Os equipamentos funcionam especificamente em uma faixa de frequência. Sendo assim, o possível comprador deverá possuir, principalmente, frequências de 1.800 MHz e 2.100 MHz, que foram muito usadas pela Oi. Ou então, o comprador terá que alugar esse espectro de terceiros (como TIM, Vivo e Claro) caso queira operar as antenas por conta própria.

Conforme noticiou o Estadão/Broadcast em maio, há interesse de fundos de investimento em infraestrutura de telecomunicações. A ideia seria fazer uma operação do tipo “sale and leaseback”, ou seja, comprar as estações rádio-base e fazer a locação para as próprias operadoras.

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