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União veta armas de guerra para policiais

Por AE
Atualização:

O secretário nacional de Segurança Pública, Ricardo Balestreri, enviará um ofício na segunda-feira a todos os Estados, informando que o dinheiro da União não poderá mais ser usado para comprar armas de guerra para policiais, como metralhadoras e fuzis. A decisão foi tomada, segundo Balestreri, no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). "Recebemos projetos de compras de metralhadoras, fuzis e granadas e não aprovamos porque não estão de acordo com o novo paradigma de segurança do governo federal", afirmou. Balestreri destaca que a medida não tem a intenção de desarmar as polícias, mas dar a elas armas de apoio e não de guerra. "Se acharmos que vivemos numa guerra, vale dar tiro que mata inocente, que atravessa parede. Vale metralhar carro parado", afirmou, fazendo referência à ação policial no Rio que matou João Roberto Amorim Soares, de 3 anos, no dia 6. A idéia, explicou o secretário, é que os policiais usem armas "com menor poder de transfixação", ou seja, que não atravessem corpos nem paredes. Como exemplos, ele citou pistolas.40 e carabinas.40 - para grupos especiais, seriam indicadas as carabinas.556. "Se começarmos isso agora, daqui uns quatro ou cinco anos vamos conseguir reduzir a letalidade no Brasil." O secretário negou que a medida seja uma reação ao caso do Rio, mas disse que "a hora é apropriada, porque o País discute a questão do armamento policial".

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