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Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

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8 min de leitura

Centro de SP

O drama do comércio

Saques e Cracolândia fecham 86% das lojas em 10 anos na Rua Santa Ifigênia (Estadão, 1º/2, A14). Inadmissível e absurdo o que vem ocorrendo há anos na região que já foi uma das mais importantes em termos comerciais e mesmo culturais de nossa cidade, sob os olhares daqueles que foram eleitos para cuidar de São Paulo e se comportam como se estivessem em outro país. Até quando os cidadãos que vêm sofrendo as consequências de toda esta incompetência terão de esperar as providências cabíveis para encerrar este show macabro de violência e impunidade?

Vera Bertolucci

veravailati@uol.com.br

São Paulo

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Segurança pública

Após saque, Tarcísio chama PMs da reserva para aumentar policiamento (Estadão, 30/1, A11 e A12). Entendo corretas as providências tomadas pelo governador quanto à segurança pública. Preferíveis tais medidas, que atendem todos os cidadãos, ao que governos anteriores fizeram. Está viva em nossa memória a conduta tomada em 2013, quando o governador da época, em vez de enfrentar com força real o problema, preferiu contemporizar. Tolerância zero, mesmo.

José Ricardo Bueno Zappa

adv.zappa@gmail.com

Bragança Paulista

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A Cracolândia avança

O comércio invadido e saqueado. Empresários com 35 anos de trabalho fecham seus negócios e desempregam. Onde estão os Poderes do Estado? É preciso enfrentar o problema na raiz, o caso não é de polícia, que prende, mas a Justiça solta, num círculo vicioso. Isso não adianta nada, tanto que a situação só vem piorando. O Estado precisa proteger a sociedade e os dependentes químicos por meio de novo tratado legal, interná-los compulsoriamente em estabelecimentos de recuperação, para que voltem ao convívio social, e liberar o centro de São Paulo para que volte a ter segurança e paz social.

Alpoim da Silva Botelho

alpoim.orienta@uol.com.br

São Paulo

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Túnel Santos-Guarujá

O valor do diálogo

Merece destaque e editorial do Estadão O valor do diálogo político (1/2, A3). No caso da construção da ligação Santos-Guarujá, o governador Tarcísio de Freitas conquistou admiração e respeito da população demonstrando estar à altura do cargo que ocupa e colocando o desenvolvimento e o interesse da coletividade em plano superior ao das rusgas partidárias. Portou-se como estadista, coisa rara na política do País.

Nilson Otávio de Oliveira

noo@uol.com.br

São Paulo

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Cálculo político

O encontro de Tarcísio e Lula para decidir sobre o túnel Santos-Guarujá foi produtivo e a população saiu ganhando. Acredito, porém, que para Lula o menos importante foi pensar na população, pois tudo o que faz tem seu cálculo político e não tenho dúvidas de que o encontro visava mais a incomodar Jair Bolsonaro do que a beneficiar o povo com aquela obra. Lula é assim, aceitem seus seguidores ou não.

João Paulo de Oliveira

jp@seculovinteum.com.br

Cabo Frio (RJ)

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Venezuela

Democracia sem oposição

A Venezuela é a única democracia do mundo sem oposição. Mas sem oposição compulsoriamente, porque Nicolás Maduro, com o auxílio do Poder Judiciário, que lá é um puxadinho de seu governo, impediu que María Corina Machado pudesse concorrer na eleição. Outros que surgirem também não poderão. E Lula da Silva, o que diz agora? Antigamente, os mais velhos ensinavam que “cré com lé e lé com cré, um sapato em cada pé”. Um verdadeiro democrata, numa verdadeira democracia, aceita e quer competição.

José C. de Carvalho Carneiro

carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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Mãos dadas

O lunático Lula, que apoiou no passado e ainda apoia seu admirável amigo Nicolás Maduro, afirmou que “cada um de nós compreende a democracia do jeito que a gente quer”, referindo-se ao governo do ditador venezuelano. Há algum tempo Lula já havia dito que “o conceito de democracia é relativo para você e para mim”. E agora, que Maduro vetou a oposicionista María Corina Machado de participar das próximas eleições, Lula se cala diante da infâmia. De mãos dadas, Lula e Maduro demonstram suas fraquezas e total falta de compromisso com a democracia.

Júlio Roberto Ayres Brisola

jrobrisola@uol.com.br

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

RANKING DE CORRUPÇÃO

“Paradoxal e agonizante sermos uma das dez maiores economias do mundo e cairmos, num único ano, dez posições no ranking mundial da percepção da corrupção”, disse Roberto Livianu (Coluna do Estadão, 1/2, A2). Dói o coração vermos que em alguns momentos de nossa história houve quem se preocupasse em cortar as raízes maléficas da corrupção, e acabarmos chegando a este ponto. Alguns membros das elites políticas e do Judiciário têm se preocupado, nos últimos tempos, com seus benefícios e os de seus pares, em prejuízo dos demais cidadãos. E alguns que pertencem às elites econômicas têm aceitado esses esquemas desde que não prejudiquem os seus negócios. Eu não aceito corrupção. Não me beneficio de benesses do governo. A corrupção provoca a miséria dos mais fracos e se alimenta da fraqueza dos contribuintes. O sr. Livianu é a gota de água que procura se debater em meio ao oceano burocrático provocado pelos que inventam dificuldades para vender facilidades.

Arnaldo Goltcher

goltcher@terra.com.br

São Paulo

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PERCEPÇÃO INTERNACIONAL

Notícias recentes dão conta de que o governo atual quer um lugar de destaque nas olimpíadas de corrupção. Viajo muito, e é muito triste ter que dar satisfações a estrangeiros que conhecem como funciona o Brasil. Fico calada, só ouvindo. Não há o que defender. O mundo inteiro já sabe. Curiosamente, nessas maratonas da corrupção quem está à frente do governo é o PT de Lula da Silva. E me espanta ver leitores defendendo essa sigla.

Iria de Sá Dodde

iriadodde@hotmail.com

Rio de Janeiro

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ELEIÇÕES NA VENEZUELA

Quando lemos as notícias nos jornais é um misto de violência, corrupção e tentativa de intimidar cidadãos ao dizer o que pensam. Parece que estamos caminhando para um fim bastante obscuro. Quando se vê que a Venezuela tomou uma medida ultraditatorial que impediu a deputada María Corina Machado de participar das eleições, e que o governo brasileiro não pronunciou nenhuma palavra, é desanimador. Essa omissão de Lula sinaliza que Nicolás Maduro não pode ser criticado diante de tamanha atitude autoritária. Os presidentes do Uruguai, Paraguai, Equador e Argentina se manifestaram contra os atos de Maduro, que certamente viu que seu reino poderia desmoronar. Assim agem ditadores, alegam perseguições, tentativas de morte e outros devaneios para não largar o cargo. Aí, entra o poder maior cooptado por Maduro a lhe dar razão, ignorando como a Justiça deve se comportar.

Izabel Avallone

izabelavallone@gmail.com

São Paulo

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BOLSONARO INELEGÍVEL

Como o governo brasileiro vai poder criticar o da Venezuela se, aqui também, o principal representante da oposição está impedido de ser candidato?

Patricia Porto da Silva

portodasilva@terra.com.br

Rio de Janeiro

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HORDA ANTISSEMITA

Parabenizo Denis Lerrer Rosenfield pelo artigo do dia 29 de janeiro (Estado, A6), publicado na mesma edição do anúncio da carta da Confederação Israelita do Brasil (Conib) contra o antissemitismo. O autor tem-se manifestado com clareza na denúncia da horda antissemita que age sob pretexto de anticolonialismo. O PT e o presidente Lula advogam causas humanitárias, endossam acusações políticas de genocídio, sem protestar contra o genocídio perpetuado pelo governo terrorista do Hamas incluindo sua própria população. Este é justificado com torpe hipocrisia. Requerem-se debates que repudiem crimes de guerra e considerem trajetórias históricas. Ódios primitivos e obstinados obnubilam o direito de existência dos povos e de suas nações.

Liliana L. Wahba

lilwah@uol.com.br

São Paulo

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DÍVIDA BRASILEIRA

A partir de 2023, a dívida brasileira alcançou 85% do Produto Interno Bruto (PIB), colocando o País no topo do ranking de endividamento na América Latina. E os serviços prestados pelo governo aos cidadãos, será que eles melhoraram? Infelizmente, parece que não. Então como justificar a gastança? Ora, Fernando Haddad está fazendo com o Brasil o que fez com a Prefeitura de São Paulo, comprometendo a capacidade de investimento do governo em áreas importantes como educação, saúde e infraestrutura. Se ocorrerem choques externos ou crises econômicas, isso pode ficar ainda muito pior. Nesse caso específico, o mais difícil não será o Brasil ter chegado ao topo, mas um dia conseguir sair de lá.

Jorge Alberto Nurkin

jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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IMPORTUNAÇÃO DE BALEIA

PF intima Bolsonaro para depor sobre suspeita de ‘importunar’ uma baleia em São Sebastião (Estado, 31/1). A sanha deste governo para incriminar Bolsonaro parece não ter fim, e agora até uma baleia é usada com essa finalidade. A outrora respeitável Polícia Federal, que aparentemente nada tem de importante para fazer, baseia seu inquérito em um vídeo que mostra um homem, que pode ser ou não Bolsonaro, se aproximando do grande cetáceo com um jetski. O ex-presidente e seu advogado deporão sobre o fato no dia 7 de fevereiro. Já a data da “intimação da baleia” não foi informada. Não sei se rio ou se choro.

Maurilio Polizello Junior

polinet@fcfrp.usp.br

São Paulo

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JAIR BOLSONARO

Absolutamente ridículo querer processar Jair Bolsonaro por importunar uma baleia, e não pelo que ele fez com o Brasil em seu governo.

Luiz Frid

fridluiz@gmail.com

São Paulo

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FAMÍLIA BOLSONARO

Parece que só existe Bolsonaro e sua família.

Helio Teixeira Pinto

helio.teixeira.pinto@gmail.com

Rio de Janeiro

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APOIO A RICARDO NUNES

Senhor prefeito Ricardo Nunes, até agora tu tens meu voto. Mas a indicação para vice-prefeito em tua chapa, de um ex-policial ligado ao sr. Jair, me deixou preocupado. O sr. Jair quer mandar sozinho, nem sempre claramente: vende caro seu apoio. Agora, com as revelações da Abin paralela, para mim, essa possibilidade acarreta um voto a menos em sua chapa. É inadmissível aceitares esse nefasto apoio, pensando em votos ou o apoio do governador.

Luis Tadeu Dix

tadix@terra.com.br

São Paulo

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NOVO NOME, VELHO CAOS

O editorial O populismo de sempre (31/1, A3) pontua de forma certeira que até agora tanto Tarcísio de Freitas como Ricardo Nunes foram incapazes de apresentar aos paulistanos algo remotamente parecido com um plano inteligente para lidar com a Cracolândia em todas as suas múltiplas dimensões – não apenas como um problema de segurança pública. A única novidade referente ao fulcro da Cracolândia é a nova denominação, “cenas abertas de uso”, como se o novo nome resolvesse o velho problema. Na entrevista de Gonçalo Junior com o vice-governador Felício Ramuth (Estado, 9/8/2023, A14), foi informado que o “objetivo é entregar a situação de uma maneira melhor nas cenas abertas de uso ao longo de quatro anos”. Por que quatro anos, só em 2027 (em desacordo com as promessas eleitorais)? Para começar, além de um plano urgente e inteligente para solucionar a Cracolândia, é necessário cessar a nefasta dispersão – que não teve sucesso em lugar nenhum no mundo – aplicada pelos Executivos de São Paulo. É necessário preservar os direitos de todos moradores, trabalhadores e comerciantes da região martirizada e resolver o problema da drogadição explícita ainda em 2024, de preferência no primeiro semestre, pelo Estado em conjunto com a Prefeitura – a não ser que o Estado esteja apoiando a especulação imobiliária, ou até Guilherme Boulos e Marta Suplicy em surdina. Ou o governador nem pensou nessas concorrências indesejáveis aos seus objetivos governamentais?

Suely Mandelbaum

suely.m@terra.com.br

São Paulo

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SANTA IFIGÊNIA

Do jeito que está não pode continuar. Ou os governos estadual e municipal acabam com a Cracolândia ou a Cracolândia acaba com o bairro de Santa Ifigênia e arredores. Basta!

J. S. Decol

decoljs@gmail.com

São Paulo

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VIOLÊNCIA URBANA

O Brasil registrou 40.464 homicídios dolosos em 2023, dos quais 9.644 ocorreram nos Estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. Foram registrados 59.128 em 2017, ou seja, 46% a mais do que no ano passado. Flávio Dino entrega a pasta da Justiça para Ricardo Lewandowski, que precisará lidar com a excessiva violência no Brasil. A má distribuição de renda entre a população é uma das principais causas dessa demasiada selvageria. A violência urbana nas grandes metrópoles precisa ser debelada. As autoridades não podem ficar acobertando facções criminosas, como se não soubessem onde ficam as principais instalações, de onde os líderes conduzem seus marginais.

José Carlos Saraiva da Costa

jcsdc@uol.com.br

Belo Horizonte

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ALUGUEL EM BRASÍLIA

Ando desconfiada de que o Brasil possa estar gerando uma nova classe de ricos. Seguros-fiança para locação de imóveis, ora, a imobiliária se investe de seguradora ou parceria. Inquilino vem pagando tudo direitinho, bombando no Serasa e SPC, para quê? Pagamos o aluguel da classe política, e vejam só para onde uma mulher sozinha em Brasília está indo! Lula, tenha misericórdia! Está na hora de verificar as causas de tanta gente na rua!

Maria Aparecida Carneiro

magdala.cisquinho@gmail.com

Brasília