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Fórum dos Leitores

Cartas de leitores selecionadas pelo jornal O Estado de S. Paulo

Por Fórum dos Leitores
Atualização:

Educação

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Futuro incerto

O sociólogo Simon Schwartzman (É quase fim do ano: onde estão nossos jovens?, 12/11, A4) abriu questão sobre os jovens brasileiros. Perguntou onde eles estão. Eu gostaria de propor outra pergunta: onde eles deveriam estar? Mesmo neste cenário de enfrentamento da pandemia, é possível indicar algumas prioridades para as políticas que envolvem os jovens. Uma delas é a de fortalecimento do seu processo de formação técnica e científica. E, para ampliar o processo de formação dos jovens, haveríamos de enfrentar um dos grandes desafios para a sua integração intensa nas instituições de ensino que frequentam. Este desafio envolveria o reconhecimento da urgência de redução das jornadas de aprendizado para quatro horas diárias como estagiários ou como contratados formais, nas diversas empresas que os acolhem, para que tenham o período noturno livre para estudos e leituras orientadas, além da possibilidade de maior convívio familiar. Somando o tempo em sala de aula e a reduzida jornada de trabalho, seriam dez horas diárias de atividades intensas (jornada de adulto). Do contrário, os jovens estarão expostos a alguns riscos: comprometimento do tempo de repouso para recuperar suas energias e também restrição do convívio familiar, que os impede de refletir sobre a vida familiar e seus desafios.

Augusto Caccia-Bava augusto.bava@unesp.br

São Paulo

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ABL

Novos imortais

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Estou espantado com a eleição de Fernanda Montenegro e Gilberto Gil para as honradas cadeiras na Academia Brasileira de Letras (ABL), preterindo notáveis escritores de ofício, indago: quais as obras literárias que justificaram a indicação dos eleitos? De Fernanda, nada li. Lembro apenas das cartas de sua personagem no filme Central do Brasil. Do mato de Gil, que traiu a sua obra musical em razão da militância política, coelhos literários não saem. Disse Guilherme Fiuza: “A ABL virou aeroporto de quem procura visibilidade artificial”. Precisa desenhar? Até tu, ABL? Podemos dizer que o colégio eleitoral da academia testou positivo para alguma afecção decorrente da dose de reforço da vacina? Valha-me!

Celso David de Oliveira david.celso@gmail.com

Rio de Janeiro

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Renovação

Quando eu crescer, quero escrever igual ao jornalista Julio Maria (Literatura de Gil é feita de gestos, de um amor transbordante, Estado, 12/11, C19). A análise que ele faz sobre a ABL abrir os braços para o mais novo imortal, Gilberto Gil, e também tornar imortal a já eterna Fernanda Montenegro é um primor de lirismo, uma declaração explícita de amor a este movimento de renovação da ABL. Eu assino embaixo. Bravo!

Jane Araújo  janeandrade48@gmail.com

Brasília

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Equívoco

A ABL é habitualmente formada por diplomatas, escritores, filósofos, historiadores, jornalistas, poetas, romancistas e sociólogos. A escolha de Gilberto Gil para a cadeira de número 20 parece equivocada. Nada contra Gil, cujo talento como artista e músico deve ser reconhecido; goste-se ou não dele. Mas o propósito de sua carreira destoa da vocação da ABL. É bem verdade, contudo, que já tivemos escolhas bem mais polêmicas e inapropriadas, como Cacá Diegues.

Sérgio Eckermann Passos  sepassos@yahoo.com.br

Porto Feliz

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Critério de escolha

Tudo bem Gilberto Gil ser eleito novo membro da ABL. Mas por que anteriormente o nome do também notável Martinho da Vila foi rejeitado pela mesma ABL?

Antonio Francisco da Silva anfrasilva@terra.com.br

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Rio de Janeiro

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Orçamento

Decisão do STF

A respeito do artigo de J. R. Guzzo Ministros do STF desmoralizam a Justiça (Estado, 10/11), ilusionismo é o truque do Poder Executivo e do Legislativo de tapar R$ 17 bilhões com um paninho chamado RP-9 e sumir com este valor num piscar de olhos, bem debaixo do nosso nariz. Ninguém vê para onde foi, quem usou nem a quem beneficiou. Não há como defender o indefensável. Acertou o Supremo Tribunal Federal.

Lélia S. Q. Ferreira lsqferreira@gmail.com

São Paulo

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Cartas selecionadas para o Fórum dos Leitores do portal estadao.com.br

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APRENDIZADO

O presidente Jair Bolsonaro disse que o ex-ministro Sergio Moro, filiado ao Podemos, não sabe o que é ser presidente nem ministro. Que ótimo, presidente! Mas, quem sabe, presidente Bolsonaro, Sergio Moro saiba o que seja não mentir, manter a palavra empenhada, não se corromper, não se vender, não agredir e tantas coisas mais tão necessárias e indispensáveis a quem pretenda se investir numa função pública e, assim, ocupar um cargo público da dimensão da Presidência da República?

Marcelo G. Jorge Feres marcelo.gomes.jorge.feres@gmail.com

Rio de Janeiro

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ESPERANÇA

Caro leitor sr. Edmar Augusto Monteiro (Fórum dos Leitores, 12/11), concordo que tenhamos dúvidas sobre a capacidade de Sergio Moro par promover as reformas de que tanto precisamos, mas, diante das carências dos outros candidatos, ele é pelo menos uma esperança. Não podemos aceitar esta nefasta polarização que, não acreditando em ninguém, ajudamos a fortalecer.

Abel Pires Rodrigues abel@knn.com.br

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Rio de Janeiro

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UMA VIA LIVRE

O País caminha para uma eleição em que o povo terá de escolher entre o ex-presidiário Lula, corrupto e incompetente, ainda às voltas com a Justiça, e Jair Bolsonaro, acusado de crimes gravíssimos, também corrupto e profundamente incompetente. O sistema eleitoral poderia fazer um favor ao País se impedisse estes dois candidatos. Existem motivos suficientes para Lula e Bolsonaro serem banidos da vida pública. Seria muito melhor para o País uma disputa apenas entre os candidatos da chamada terceira via, Doria, Leite, Moro e os demais candidatos, sem a nefasta bagagem ideológica de Lula e Bolsonaro. O País já entra derrotado com uma disputa entre Lula e Bolsonaro. Um esforço concentrado do sistema judiciário para julgar em definitivo Lula e Bolsonaro pode impedir a continuidade desta tragédia que tantos prejuízos já trouxe ao País.

Mário Barilá Filho mariobarila@yahoo.com.br

São Paulo

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SERGIO MORO

O cara-de-porta foi ministro do coiso e quer ser presidente?  Estão de brincadeira?!

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Francisco Eduardo Britto britto@znnalinha.com.br

São Paulo

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O NOVO CHICO

“Acho que a política é uma atividade importante, não tem nenhum demérito, muito pelo contrário, existe muito mérito em quem atua na política, mas eu sou um juiz, eu estou em outra realidade, outro tipo de trabalho, outro perfil. Então, não existe jamais esse risco.” O Sergio Moro que conhecemos no passado, sobre a possibilidade de ele se candidatar a algo. Acho que ele estava absolutamente certo. Enquanto símbolo do combate do brasileiro contra a corrupção, ele é único. Um juiz sério e corajoso. Num local e num momento em que isso era imprescindível. E, apesar do desgaste que sofreu, continua sendo reconhecido por isso por muitos brasileiros – entre os quais eu me incluo. Ocorre que, no discurso de quarta-feira de filiação ao Podemos, Moro revelou que pediram para ele não tocar no assunto corrupção ou combate à corrupção. Ora, Moro não tem outro assunto: ninguém simpatiza com ele devido a suas ideias sobre economia ou educação. Ninguém sabe o que Moro pensa a respeito de qualquer outro assunto que não seja corrupção ou combate à corrupção. E, seja lá o que pense a respeito, não é tão relevante nem faz muita diferença. E ninguém votaria nele se não estivesse preocupado com a corrupção e acreditasse que Moro seria o candidato que mais se empenharia no combate à corrupção. O Podemos pode tentar mudar o foco à vontade. O problema é que o partido ainda não percebeu que não há mais nada em que focar. É como o talentoso e incomparável compositor Chico Buarque falando de política...

Jorge A. Nurkin jorge.nurkin@gmail.com

São Paulo

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ESPOLIADO

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Prezado contribuinte: sabia que o condenado Lula da Silva, candidato nas próximas eleições presidenciais como consequência de uma aberração jurídica inconcebível, tornada possível graças a contorcionismos lascivos de justiça chocados e decididos nos subterrâneos da Corte Suprema, encontra-se, no momento, realizando tour pela Europa, bancado pelos impostos arrancados de sua renda, visando a iniciar a respectiva campanha, sendo recebido em diversos covis de esquerda do velho continente e, ao mesmo tempo, aproveitando o convescote para denegrir o atual governo, que herdou a sua herança maldita, tanto moral como econômica? Sinta-se, portanto, querido contribuinte, você que não conta com um bom nível de educação básica para seus filhos, que perdeu o direito de ir e vir, que não dispõe de um serviço de saúde pública digno, sinta-se, repito, impotentemente espoliado.

Paulo Roberto Gotaç prgotac@hotmail.com

Rio de Janeiro

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A CASA DE BOLSONARO

Desde sempre, a palavra do homem, com H maiúsculo, como se dizia antigamente, era digna de fé e funcionava como um sinete ou carimbo. Era tão importante quanto o fio do bigode, como diziam os antigos também. Bolsonaro atacou o Centrão com toda a sua força verbal, quando de sua campanha presidencial, bem como todos quantos faziam parte deste grupo, o que inclui o PL e seu dono, Valdemar Costa Neto, o Boy. Agora, entretanto, esquecendo o mensalão, demais casos de corrupção e malefícios que prometeu combater, dá a ele suas mãos e entra no PL, comprovando, então, que o Centrão é a sua casa, como bem salientou editorial deste periódico Bolsonaro em casa (12/11, A3). O adágio popular que assevera ser o tempo senhor da razão está correto e é aplicável a Bolsonaro, ou seja: quem conviveu com leões não pode viver com zebras ou gatos. E como ficam aqueles que ainda gritam apoiando-o sistematicamente?

José Carlos de Carvalho Carneiro carneirojcc@uol.com.br

Rio Claro

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BOLSONARO NO PL

A filiação do sr. Bolsonaro ao PL, partido do famigerado Valdemar Costa Neto, “coronel” (dono) do partido, demonstra que a corrupção é uma característica do atual governo.

Paulo Boin boinpaulo@gmail.com

São Paulo

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PLANO COLLOR II

Em 28/2/1991, quando do chamado Plano Collor II, o banco creditou rendimento inferior ao devido na minha caderneta de poupança. Reclamei a diferença na Justiça (Juizado Especial Civil); ganhei, o banco recorreu, mas ganhei de novo. Aí, embora a importância em disputa fosse (e é) uma ninharia, o banco achou bom dar um tiro de canhão: recorreu (Recurso Extraordinário) ao Supremo Tribunal Federal (STF). O STF, por sua vez, em abril do ano passado (2020), resolveu, por um dos seus ministros, suspender por 5 (cinco) anos o exame de recursos extraordinários que envolvam o Plano Collor II. Conclusão: tenho já 82 anos e não sei se vou aguentar até receber meu dinheiro em 2025.

Euclides Rossignoli clidesrossi@gmail.com

Ourinhos

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DEFENSORIAS PÚBLICAS

Desde que assumiu a Procuradoria-Geral da República (PGR), Augusto Aras dedicou-se e deixou claro que era tão somente um “advogado” particular de Bolsonaro e sua família, e agora luta com toda sua força para limitar as já combalidas defensorias Públicas, que defendem especificamente os pobres (Aras age para limitar poderes das defensorias públicasEstado, 12/11).

Marcos Barbosa micabarbosa@gmail.com

Casa Branca

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DEFENSORIAS E REQUISIÇÕES

As Defensorias, para cumprirem sua missão constitucional e eliminarem as filas de necessitados que lhe formam filas às portas, não precisam requisitar nada: basta que trabalhem. Mas precisarão, sim, requisitar se o objetivo for: 1) exercer poder político e ensinar o Executivo a governar; e 2) disputar espaço com o Ministério Público, criando mais confusão na ordem jurídica.

Leonel Cunha leonelcunha@icloud.com

Curitiba

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SÃO PAULO – JUSTIÇA FISCAL?

Os vereadores de São Paulo aprovaram o projeto do prefeito Ricardo Nunes para aumentar o IPTU, o ITBI e o ISS alegando ser necessário para realizar uma justiça fiscal. Que justiça é esta que não leva em conta que, em relação a 2020, a arrecadação aumentou: o IPTU arrecadou mais 4,70%; o ITBI, 47,00%; e o ISS, 17,50%. Esta justiça não levou em conta que o poder de compra do povo caiu 40,00% e que estão comendo carcaça de frango e ovo para sobreviver. Então, expliquem que justiça fiscal é esta.

José Carlos Costa policaio@gmail.com

São Paulo

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A JUSTA INDIGNAÇÃO DOS SERVIDORES

O atual prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), que assumiu o cargo há poucos meses com o falecimento do titular Bruno Covas, encaminhou projeto de Emenda à Lei Orgânica do Município obrigando os servidores aposentados a recolherem 14% de suas aposentadorias ao Iprem. Ocorre que é de tal magnitude que até os vencimentos de R$ 4 mil tal porcentual representará, para a maioria, um recolhimento maior do que do Imposto de Renda. A administração concluiu que há um déficit atuarial de mais de R$ 170 bilhões, que é responsável pela cobertura previdenciária de todos os servidores ativos, aposentados e pensionistas. Ocorre que os servidores aposentados – que oficialmente são denominados de inativos – continuam recebendo pela folha de pagamento normal da Prefeitura, inclusive influindo na dotação total dos ativos. Portanto, não se coaduna com o que foi apurado para justificar tal aumento. Os vereadores nem completaram um ano na nova legislatura, e acredito que não tenham condições de analisar uma mudança tão séria nesse afogadilho. Eu já percebi alguns erros em leis aprovadas pelos vereadores e sancionadas pelo prefeito. Cito como exemplo a Lei n.º 17.676, de 19/10/2021, proposta por 13 vereadores, acrescentando o nome do jornalista Ricardo Boechart ao Viaduto Paraíso, o qual já havia recebido um segundo nome, pela Lei 16.788/18, no caso a do bispo evangélico Tid Hernandes.

Gilberto Pacini benetazzos@bol.com.br

São Paulo

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MEDICAMENTO EM FALTA

As Unidades Básicas de Saúde (UBS) ficam meses sem medicamentos do SUS, uma obrigação legal que ninguém respeita. O medicamento Valproato, por exemplo, além de muitos outros, está em falta, sem previsão de chegada. Esse remédio é para epilepsia – vale dizer, se o doente não o toma, pode ter ataques e até morrer atropelado, ou em situações semelhantes em muitos casos. Mas o responsável pela Secretaria da Saúde não se importa nada com o problema do cidadão. É o mesmo descaso que se observa com muitas coisas no Brasil. Postos de medicamentos estaduais não existem mais. O governador se livrou do problema. A Prefeitura do Município de São Paulo, pelo jeito, pretende fazer a mesma coisa. Se o povo já esta morrendo de fome, para que serviriam os remédios?, parece querer dizer. E a lei, ora a lei. Paciente do SUS não têm direito a nada. Mas isso não tira o sono do prefeito e muito menos de algum funcionário a ele subordinado.

Ademir Valezi valezi@uol.com.br

São Paulo

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CRISTIANA LÔBO

Com muita tristeza li a notícia do falecimento da comentarista da Globo News Cristiana Lôbo. Fui sempre um admirador de sua capacidade de análise dos fatos políticos, precisão e serenidade. Ela deixa saudades e um vácuo tremendo no meio jornalístico. Que Deus a tenha e que ofereça conforto aos seus familiares. Minhas condolências.

Éllis A. Oliveira elliscnh@hotmail.com

Cunha

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LAMENTO

Nestes tempos bicudos e estranhos que o País vive sob o autoritário, fascistoide e liberticida desgoverno Bolsonaro, tempos de fake news criminosamente disseminadas pelo “gabinete do ódio” instalado no Palácio do Planalto e de ataques diuturnos contra a imprensa séria e independente, cabe lamentar a morte da jornalista Cristiana Lôbo, respeitada comentarista de política da Globo News. Um minuto de silêncio em homenagem a quem praticou o jornalismo com absoluta correção, profundo rigor na apuração dos fatos e difusão de seus comentários, sempre mantendo o respeito pelo espaço que ocupou nos importantes veículos da imprensa escrita e falada ao longo de sua longa e exitosa carreira. Viva Cris Lôbo!

J. S. Decol decoljs@gmail.com

São Paulo

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HOMENAGEM

Cristiana Lôbo tinha muito conhecimento, mas não o guardava só para si. Quando alguém lhe pedia ajuda, estava disposta a acudir. Ouvia, ajudava, era serena, guiava. Cristiana Lôbo merece o céu.

Jeovah Ferreira jeovahbf@yahoo.com.br

Taquari (DF)

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A FALTA QUE ELA FAZ E FARÁ

Diz um velho adágio que “ninguém é insubstituível”. A falar verdade, no entanto, há pessoas que são muito difíceis de serem substituídas, e a sra. Cristiana Lôbo é uma destas. Não nos serve de consolo que outros(as) jornalistas surgiram e surgirão. Como a sra. Cristiana Lôbo, será difícil: competente, profissional, capaz, simpática e cativante. Que Deus a tenha e que seus textos inspirem seus colegas de profissão. Jamais a esqueceremos, contrariando o dito de que nós temos memória curta. Saudade é o mínimo que podemos dizer que ela nos deixou com seu passamento.

Fernando de Oliveira Geribello fernandogeribello@gmail.com

São Paulo