PUBLICIDADE

ACM não pensa em renúncia, pelo menos agora

Por Agencia Estado
Atualização:

O senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) disse hoje que, baseado no andamento da sessão do Conselho de Ética - que está julgando o processo de violação do painel de votação eletrônica do Senado -, está convencido de que não pensará em renúncia. "Estou convencido de que não vou pensar em renúncia, pelo menos agora", afirmou, depois de ter acompanhado, em seu gabinete no Senado, as discussões no Conselho. ACM avaliou que a reunião, até agora, vem sendo "extremamente controvertida". Ele previu que, quando se forem rever os debates na íntegra, haverá "uma grande contradição" porque, apesar da aprovação do relatório, muitos estão abolindo a palavra cassação do texto do relator, senador Roberto Saturnino Braga (PSB-RJ). "Apesar de o relatório ser aprovado, está patente que a apuração será feita na Mesa do Senado", observou ACM, referindo-se à fase posterior do processo. Ele disse que "há uma quase unanimidade dos senadores de que a palavra cassação é demasiada". O senador observou, no entanto, que, apesar disso, muitos estão votando pelo relatório. Ele elogiou as colocações feitas pelo senador Amir Lando (PMDB-RO), que disse aprovar o relatório com restrições, sustentando que ainda não é momento de apontar pena. Segundo ACM, Lando "colocou com muita racionalidade o seu ponto de vista". O senador se manifestou satisfeito com a atuação do PFL no Conselho de Ética, pelo fato de o partido ter elaborado um voto em separado, que foi assinado por todos os pefelistas que integram o Conselho. Também se disse satisfeito pelas declarações feitas ontem em sua defesa pelo governador do Ceará, Tasso Jereissati (PSDB), e pelo ex-governador Ciro Gomes (PPS), bem como anteriormente pelo governador de Minas Gerais, Itamar Franco (PMDB). ACM observou que o PFL deverá ter candidato próprio à presidência da República, em 2002, e disse que vai acompanhar a posição a ser adotada pelo partido na sucessão presidencial. Ele fez esta observação diante de especulações segundo as quais o PMDB poderia sair com Itamar Franco como candidato próprio do partido.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.