"Ela sabia que meus gastos eram incompatíveis com a minha receita formal". Pela primeira vez, o ex-governador do Rio Sérgio Cabral entregou a própria mulher, Adriana Ancelmo, em depoimento ao juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal Criminal. Agora delator, o ex-governador ainda confirmou que Adriana usufruiu 'largamente' do patrimônio amealhado em esquemas de propinas no Estado.
A audiência era parte de processo que investiga o uso do restaurante Manekineko para lavar dinheiro durante o governo Cabral (2007-2014). A denúncia aponta que essas operações ocorreram no escritório de Adriana, que teria "esquentado" dinheiro oriundo de corrupção. Em 2016, a Operação Calicute apontou um "crescimento vertiginoso" do escritório de Adriana durante os dois governos de Cabral.