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CNJ marca para o dia 18 mediação entre juiz desafeto de Moro e Tribunal da Lava Jato

Corregedor nacional de Justiça Luis Felipe Salomão marca reunião presencial entre Eduardo Appio e a cúpula do Tribunal Regional Federal da 4ª Região no bojo da apuração que mira o magistrado afastado da 13ª Vara Federal de Curitiba

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Por Pepita Ortega
Atualização:
O juiz federal Eduardo Appio. Foto: Divulgação/JFPR 

O corregedor nacional de Justiça Luis Felipe Salomão marcou para o próximo dia 18 uma audiência de mediação presencial entre o juiz Eduardo Appio – ex-titular da Operação Lava Jato e desafeto do senador Sergio Moro – e a cúpula do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o desembargador Fernando Quadros Silva (presidente) e a desembargadora Vânia Hack de Almeida (corregedora regional).

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Salomão também participará do encontro que se dará no final da tarde, às 18h, no gabinete da Corregedoria Nacional de Justiça, em Brasília. A reunião foi agendada no bojo do pedido de providências em que Appio chegou a requerer sua reintegração à 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, berço da Operação Lava Jato.

O agendamento da mediação é a mais recente movimentação no processo desde que o CNJ avocou o processo administrativo disciplinar aberto no TRF-4 contra Appio. Foi no bojo deste processo que o afastamento cautelar do magistrado foi decretado, sob a suspeita de realização de suposta ‘ameaça’ ao advogado João Malucelli - genro de Moro e filho do desembargador Marcelo Malucelli, do TRF-4. O alijamento foi mantido pelo Conselho Nacional de Justiça.

Um dia antes da avocação do processo pelo CNJ, no dia 20, o ministro do Supremo Tribunal Federal Dias Toffoli determinou que o órgão nacional da magistratura adotasse ‘medidas cabíveis’ sobre a investigação que tramitava no Paraná. Na ocasião, Toffoli ainda anulou uma decisão daquela Corte que anulou todas as decisões dadas por Appio no bojo da Lava Jato.

No despacho que determinou a avocação do caso, Salomão ressaltou ainda que os trabalhos da correição realizada no berço da Lava Jato levantaram ‘fatos novos’ que justificavam a necessidade de o CNJ assumir a investigação que mira o juiz desafeto de Moro.

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O corregedor nacional de Justiça apontou que a avocação tinha como objetivo a análise conjunta dos processos abertos na esteira da inspeção na Justiça Federal em Curitiba – com a abertura de investigações que miram expoentes da Operação – contribuindo para ‘uma melhor instrução e esclarecimentos dos fatos’.

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