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Mauro Cid detalha na PF venda de joias sauditas nos EUA

Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro foi chamado nesta sexta-feira, 26, para detalhar como teria sido realizada a negociação de presentes nos EUA

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Por Pepita Ortega
Atualização:
O tenente-coronel Mauro Cid Foto: WILTON JUNIOR/ESTADÃO

O ex-ajudante de ordens da Presidência tenente-coronel Mauro Cid foi ouvido pela Polícia Federal mais uma vez nesta sexta, 26, sobre o caso das joias sauditas - revelado pelo Estadão - e a investigação sobre o suposto esquema de venda de presentes entregues a autoridades brasileiras em missões oficiais durante o governo Jair Bolsonaro.

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O Estadão apurou que Cid foi chamado à PF para colaborar com diligências que estão em curso nos Estados Unidos. O procedimento pelo qual o ex-ajudante de ordens passou nesta sexta, 24, não é considerado um depoimento formal.

Segundo o inquérito que culminou na abertura da Operação Lucas 12:2, em agosto do ano passado, presentes dados a autoridades do último governo teriam sido encaminhados para lojas especializadas nos estados da Flórida, Nova Iorque e Pensilvânia, ‘para serem avaliados e submetidos à alienação, por meio de leilões e/ou venda direta’.

Como mostrou o Estadão, a PF planejava enviar um grupo de agentes aos EUA para investigar, in loco, a suposta tentativa de venda de joias recebidas por Bolsonaro – comercialização que teria contado com a participação não só de Cid, mas de seu pai, o general do Exército Mauro Lourena Cid.

A oitiva de Cid se dá na mesma semana em que o hoje delator pediu ao ministro Alexandre de Moraes que o liberte do Batalhão da Polícia do Exército, no qual está custodiado há mais de um mês. Ele voltou a ser preso por descumprimento de medidas cautelares e obstrução à Justiça, após o vazamento de áudios em que ele diz que o inquérito da Operação Tempus Veritatis – investigação sobre suposta tentativa de golpe de Estado - é uma “narrativa pronta”.

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