A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Maria Thereza de Assis Moura, anulou a decisão do Ministério da Justiça que autorizou o depoimento de testemunhas brasileiras em uma ação penal em curso no Peru contra o ex-presidente peruano Ollanta Humala. Ele é réu por lavagem de dinheiro.
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Leia toda a decisãoAutoridades peruanas entraram com um pedido de cooperação internacional na tentativa de conseguir liberação e apoio logístico para realizar os interrogatórios.
A autorização havia sido dada pelo Departamento de Recuperação de Ativos e Cooperação Jurídica Internacional (DRCI), da Secretaria Nacional de Justiça, órgão que compõe a estrutura administrativa do Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A decisão atendeu a um pedido dos advogados Leandro Sarcedo, Pedro Luiz Bueno de Andrade e Renato Losinskas Hachul, contratados pelo ex-presidente no Brasil. Eles alegaram que a competência para autorizar a execução, em carta rogatória, de diligências ou atos processuais requisitados por autoridades judiciais estrangeiras é do STJ. A defesa considera que houve 'usurpação de competência' do tribunal.
O Ministério Público Federal (MPF) concordou com a tese. O órgão defendeu a necessidade de observar 'formalidades dos atos processuais' e a 'primazia aos direitos fundamentais dos nacionais'.