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Valdemar é preso em flagrante em operação da PF por posse ilegal de arma de fogo

Presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi alvo de buscas nesta quinta, 8, em investigação sobre plano golpista e federais acabaram encontrando arma em situação irregular e uma pepita de ouro

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Por Rayssa Motta , Rubens Anater , Fausto Macedo e Pepita Ortega
Atualização:
Valdemar Costa Neto foi preso em flagrante durante buscas da PF na Operação Tempus Veritatis.  Foto: Alex Silva/Estadão

O presidente do PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, Valdemar Costa Neto, foi preso em flagrante nesta quinta-feira, 8, por posse ilegal de arma de fogo. Ele é um dos investigados na Operação Tempus Veritatis e foi flagrado pela Polícia Federal (PF) com uma arma em situação irregular durante buscas nesta manhã.

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Os policiais também apreenderam uma pepita de ouro de 39,18 gramas com Costa Neto. O metal foi analisado por peritos da PF e o teste concluiu que tem 95,25% de pureza.

Valdemar entrou na mira da Polícia Federal porque, segundo os investigadores, usou dinheiro do Partido Liberal para reforçar a falsa narrativa de fraude nas urnas e, com isso, tentar legitimar as manifestações de bolsonaristas que começavam a se espalhar próximo a instalações das Forças Armadas, após o segundo turno das eleições de 2022. Segundo a PF, o partido foi “instrumentalizado”.

Pepita de ouro foi apreendida pela PF na casa de Valdemar Costa Neto. Foto: Reprodução/Polícia Federal

O ponto alto da estratégia foi a ação movida pelo partido no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar anular os votos de 279,3 mil urnas eletrônicas alegando que houve “mau funcionamento” do sistema. O partido foi multado por “má-fé”.

Após o segundo turno, o PL pediu uma “verificação extraordinária” das urnas usadas na eleição. O partido afirmou, sem provas, que houve “quebra de confiabilidade dos dados extraídos” de parte dos aparelhos. A versão era a de que Bolsonaro teve 51,05% dos votos no segundo turno e venceu a disputa contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O suposto problema, segundo a ação, estaria nos modelos de urna lançados antes de 2020, que têm um número de série único.

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A Polícia Federal afirma que o iniciativa foi a última tentativa de contestar formalmente o resultado das eleições. O próximo passo seria uma tentativa de golpe.

“O material apresentando falsas vulnerabilidades nas urnas eletrônicas produzidas antes de 2020, foi elaborado pelo grupo, inclusive com o auxílio do que do que Mauro Cid chamou de ‘nosso pessoal’, se referindo a especialistas na área de informática (inclusive hackers)”, diz um trecho da representação da PF.

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