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Bolsonaro está 'desgastado' e tem desafio nas urnas com Lula, diz jornal argentino

'Clarín' citou como principais causas de desgaste do presidente 'firme negacionismo em relação à pandemia' e 'crescentes dificuldades econômicas'

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Foto do author Thaís Barcellos
Por Thaís Barcellos (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - Após a negativa do governo brasileiro à ajuda argentina na tragédia provocada pelas chuvas no sul da Bahia, o jornal Clarín publicou reportagem neste sábado, 1, dizendo que o presidente Jair Bolsonaro está desgastado e com um grande desafio a ser enfrentado nas urnas em 2022. A publicação cita que Bolsonaro hoje tem entre 20% e 25% das intenções de voto, enquanto seu adversário, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, é favorito.

Como principais causas do desgaste de Bolsonaro, o Clarín menciona o "firme negacionismo em relação à pandemia" e as "crescentes dificuldades econômicas" do País. Com o intertítulo "Gripezinha e guerra às vacinas", a publicação afirma que o presidente sempre se opôs a medidas contra a covid-19, censurou o uso de máscaras, minimizou a crise sanitária e "zombou dos enfermos", além de negar a vacina contra a doença e duvidar de sua eficácia.

O presidente Jair Bolsonaro Foto: Marcos Correa/PF

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"A relação entre o seu apoio nas pesquisas e as vacinas parece quase direta. Cerca de 80% dos eleitores tomaram a vacina, frente a 20% que se mantêm como o próprio Bolsonaro, que gosta de gabar-se de não ter se imunizado", diz o Clarín.

Quanto à situação econômica brasileira, o jornal cita a inflação de 10%, a taxa de desemprego de cerca de 12% e que quase um quarto da população brasileira está em situação de insegurança alimentar. Além disso, afirma que "no melhor dos casos, se espera um crescimento insuficiente [do PIB] de 0,5% em 2022". A publicação também destaca que Bolsonaro deixou para trás o liberalismo e apelou para o dinheiro público para financiar programas com claro objetivo populista, apontando para as próximas eleições.

Clarín menciona, ainda, os problemas judiciais da família Bolsonaro, como as investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) relativas a manifestações antidemocráticas e à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid.

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