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Cármen Lúcia recebe Vem Pra Rua para conversar sobre prisão após 2ª instância

Integrantes do movimento que liderou manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff vão manifestar apoio à presidente da Corte, que se nega a pautar a discussão, apesar de pedidos de ministros do STF

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Por Marianna Holanda
Atualização:

Em meio à crescente pressão na Corte para pautar no plenário a prisão após segunda instância, a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Cármen Lúcia, recebe integrantes do Vem Pra Rua (VPR) em audiência no início da tarde desta quarta-feira, 21. 

O encontro do movimento que liderou os protestos pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff com a presidente do Supremo tem como objetivo manifestar apoio à sua decisão de não pautar o tema no plenário, e fazer um apelo para a manutenção da prisão após a segunda instância.

A ministra Cármen Lúcia, presidente do STF, convidou Temer para discutir reforma da Previdência Foto: André Dusek/Estadão

O VPR tentava há cerca de duas semanas uma reunião com Cármen Lúcia. Na segunda-feira, 19, enviou uma carta a todos os integrantes da Corte afirmando que a possível reversão do entendimento “representaria um retrocesso indelével no combate à corrupção e à impunidade no País”.

A audiência com o VPR ocorre no mesmo dia em que movimentos pró-impeachment, como o MBL, convocaram uma manifestação em frente ao Supremo. Os grupos também defendem a manutenção da prisão após segunda instância.

Cármen Lúcia tem insistido que não vai colocar o tema para análise no plenário. Em 2016, por 6 votos a 5, ministros decidiram que é constitucional a execução da pena após tramitada em segunda instância. 

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Além dos cinco ministros contrários, há outros que mudaram de posicionamento desde então e também querem que a Corte analise novamente a questão. Há possibilidade do ministro Marco Aurélio Mello levar o tema ao pleno. “A questão de ordem seria para que ela (Cármen Lúcia) designasse dia para o julgamento”, disse na terça-feira o ministro, que é relator de duas ações e já liberou os processos para julgamento, ao Estado.

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