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Bastidores da política e da economia, com Julia Lindner e Gustavo Côrtes

Sindicalistas são atropelados em anúncio de novo salário mínimo

Sindicalistas pleiteavam salário mínimo de R$ 1343 e agora querem retomar antiga regra de valorização do piso

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Por Gustavo Côrtes
Atualização:

Atropeladas por Lula no anúncio do novo valor do salário mínimo, as centrais sindicais agora vão concentrar esforços na negociação para emplacar a antiga regra de correção automática do piso, que vigorou até o início do governo Jair Bolsonaro. O presidente havia sinalizado que consultaria os sindicalistas antes de bater o martelo sobre o reajuste de 2023 e, no mês passado, criou um grupo de trabalho para discutir o tema - as centrais queriam um valor maior, de R$ 1.343. O grupo, no entanto, nunca se reuniu desde a sua criação, há 29 dias, e o prazo de sua vigência acaba em duas semanas (em 4 de março), interrompidas pelo Carnaval.

LULA BRASÍLIA DF 18.01.2023 LULA/CENTRAIS SINDICAIS NACIONAL OE - O presidente da República Federativa do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), durante solenidade com as lideranças das Centrais Sindicais realizada na manhã desta quarta-feira (18) no Palácio do Planalto em Brasília-DF. O Presidente, Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho participaram da instalação imediata do grupo de discussão da nova política do salário mínimo. FOTO: WILTON JUNIOR / ESTADÃO Foto: Wilton Junior/Estadão

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“Ficaram de nos chamar para discutir, mas ainda não aconteceu. Não fomos comunicados de nenhuma decisão”, diz o presidente da Força Sindical, Miguel Torres. “O mais importante agora é definir uma regra de valorização”, diz Ricardo Patah, presidente da UGT.

Auxiliares do ministro Luiz Marinho (Trabalho) afirmam que, desde o início, o objetivo do grupo era discutir o aumento de 2024. As centrais querem resgatar a regra de atualizar o piso segundo o crescimento do PIB dos dois anos anteriores mais inflação.